sexta-feira, 25 de setembro de 2009 - por Mirian

Viciando em Têtes à claques

Na semana passada fomos jantar na casa da Pat e do Rafa e eles nos mostraram o site Têtes à Claques que eu achei muuuuuuuuito engraçado e recomendo pra todo mundo. Exige um certo conhecimento de "quebequense" pra entender as piadas, mas é questão de prática. Eles fazem geralmente um videozinho por semana, vale à pena dar uma olhadinha. Cuidado pra não viciar!

Agora mudando de assunto subitamente e respondendo à pergunta da Pam que queria saber se dá pra vir pro Canadá com visto de não-imigrante depois de pegar o CSQ e terminar o processo federal aqui, hmmmm, não sei! Alguém sabe? Meu processo foi feito inteirinho aqui, mas imagino que se a sua presença é necessária para o processo federal infelizmente não dá. Acho melhor escrever um e-mail pro consulado canadense em São Paulo, eles respondem super rápido ou falar com a Maura, a protetora daqueles que buscam informações escondidas sobre imigração pro Canadá.

Agora respondendo ao Luís Felipe sobre qual é a melhor prova: TEF ou TCF. Realmente não faço a menor idéia. O Thiago não fez nenhuma das duas e a entrevista dele foi em 2007, então não creio que ela seja exigida desde 2006. Eu não fiz prova nem entrevista nenhuma, quer dizer, a prova que fiz no Brasil pra vir pra UdeM foi ridiculamente fácil e a entrevista que fiz aqui na semana passada foi só pra pegar documentos, então nenhuma das duas conta. Tente descobrir se uma das duas provas vai te ajudar no futuro com alguma outra coisa que você pode vir a precisar, se não for o caso, fique com a mais fácil ou mais barata. Alguém tem idéia da resposta?

sexta-feira, 18 de setembro de 2009 - por Mirian

Residente finalmente!

Já vou avisando que este post vai ser curto, mas como é muito importante não podia ser deixado pra amanhã.

Hoje às 13:00 tive minha "entrevista" final da imigração. Sim, agora sou residente permanente canadense, depois de ter sido turista, estudante e trabalhadora, olha só isso!

Cheguei lá primeiro pra pagar a última pequena taxa de $490,00 pelo direito de residência e depois fui ao prédio da entrevista. A porta estava fechada e a galera foi chegando, chegando e a bagunça foi se formando, sem fila, sem senha.

Quando o guarda abriu a porta a galera entrou desesperada e fomos nos sentando pra esperar o esquema começar. Chegou uma tiazinha que começou a organizar o esquema e falou pra fazermos uma "fila", foi quando a galera se enlouqueceu de vez e fez uma fila super bagunçada na qual eu teria sido a segunda se uns mal educados não tivessem passado na frente, mas tudo bem. Tinham vários agentes, então o ritmo foi bem rapidinho.

Uma senhora me chamou, o Thiago e eu nos sentamos pra falar com ela, entregamos a cópia de pagamento da taxa, mostramos meu passaporte, o cartão de residente dele, meu CSQ, dei uma foto e ela pegou de volta minha permissão de estudos e minha permissão de trabalho. Snif, snif!!! Foi tão difícil conseguí-las, mas agora não vou precisar mais delas, né? Depois disso ela me entregou minha confirmação de residência permanente e disse que o cartão demora de 4 a 6 semanas pra chegar.

Infelizmente esse documento não serve pra viajar (apesar de haver controvérsias sobre isso) e se eu não quiser visitar a embaixada canadense em NYC é melhor eu deixar pra lá minha viagem do dia 10 de outubro pra assistir Michael W. Smith. Tudo bem, com certeza terei outras oportunidades.

É isso aí, em menos de 7 meses meu caso foi processado e finalizado. Boa sorte aos outros apadrinhados e apadrinhadas e valeu a todos que torceram por mim!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009 - por Thiago

Gaspésie - III (Final)

Depois de uma noite bem dormina, demos uma voltinha rápida por Campbelton, que já fica fora da província do Quebec, em uma outra província chamada New Brunswick. A cidade é bem pequenininha e fica bem na divisa das províncias, mas já deu pra tirar fotos com algumas bandeirinhas de New Brunswick para constar a passagem né? Também tiramos foto com o maior salmão já pescado do mundo. Tenho que confessar que pareceu MUITO história de pescador, porque o danado do bicho era quase do tamanho de uma baleia, mas dizem que o negócio foi até comprovado pelo Guiness e tudo o mais. A gente acredita né? Fazer o que...

Logo voltamos para nossa terrinha, o Quebec, e agora já rumando para casa cruzamos a península da Gaspésie até voltarmos ao rio St. Laurent, e lá paramos em uma cidadezinha chamada Sainte-Flavie (a mesma que paramos na viagem de ida) para visitar um dos maiores jardins do Canada, os Jardins de Métis. Esse jardim foi todo construído por uma só mulher, a Srta. Elsie Redford (daí o nome do jardim em inglês ser Redford Gardens) em meados de 1926, sendo preservado até hoje. Realmente é um lugar muito bonito e bem cuidado, mas acho que todo o esplendor do lugar é reservado para aqueles que o visitam durante a primavera, pois nós pegamos as flores já querendo murchar... uma pena... mas aproveitamos bastante o passeio de qualquer forma.

Ainda em Sainte-Flavie, paramos em uma parte do rio em que os pescadores do lugar fizeram um monumento em homenagem àqueles pescadores que saem de manhã para pescar e nunca mais voltam. O monumento é na verdade um conjunto de várias estátuas rústicas que foram colocar desde a saída do rio até quase a beira da estrada, como numa marcha das almas dos pescadores de volta à terra firme. As estátuas são bem pitorescas e tiramos várias fotos com elas, pois no fundo, beeeeeem no fundo, elas eram bem simpáticas.

Mais uma pequena parada em Riviére-du-Loup para o último almoço e bora mais 4 horas de estrada até Montréal, mas sem antes passarmos por um posto na beira da estrada com o maior carro monstro que eu já vi. Além deste belo (e velho) exemplar da mania de grandeza norte-americana, ainda haviam várias réplicas de dinossauros espalhados pelo estacionamento, dando ao lugar um aspecto muito mais bizzaro do que vocês possam imaginar, mas convenhamos que o charme desses postos de beira de estrada são esses lances inusitados que a gente encontra em cada um deles né?

Resumo da ópera: a viagem superou em muito as minhas espectativas, pois eu achei que ela seria cansativa e um pouco tediosa, mas para minha grata surpresa ela não foi nem um pouco das duas. As paisagens são fantásticas, o esquema de paradas durante o trajeto funciona e, sempre, o preço desses chineses é imbatível. Já deixo o convite a todos que quiserem se juntar a nós em nossa próxima passeada: não se acanhem! O Québec tem muito a ser descoberto!

O vídeo abaixo deveria ter sido postado ontem, pois faz parte das atividades de domindo na Ile Bonaventure, mas por algum motivo obscuro eu passei batido por ele. Mas antes tarde do que nunca né? Confiram o papo de gaivota.


Salut!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009 - por Thiago

Gaspésie - II

Domingo acordamos cedo em Gaspé, beeeeeem cedo (6:30h), tomamos um café da manhã express no Tim Hortons, tiramos algumas fotinhos à beira do golfo do St. Laurent e saímos para mais um dia de muito turismo pela Gaspésie. Já na ida para as atividades do dia passamos em frente ao lugar onde Jacques-Cartier - o cara que descobriu o Canadá - encostou seu barquinho pela primeira vez por aqui. Tenho que dizer que esse foi um momento de muita emoção, mas que passou rapidinho porque o ônibus não parou neste lugar, então foi só o tempo de tentar uma foto da janela da bumba mesmo...

Nossa primeira parada foi no Parque Forillon, que é uma grande reserva natural dentro de Gaspé. Tenho que confessar que o espanto foi muito grande quando descemos do ônibus: a paisagem neste lugar é pelo menos três níveis acima do FANTÁSTICO, com a praia (Oceano Atlântico) e um rochedo enorme (o Cap Bon-Ami) em forma de península invadindo o mar. O Sol estava dando um toque final na luminosidade da imagem, e eu tive que raciocinar uma meia dúzia de vezes até entender que eu estava realmente ali, vendo tudo aquilo com os meus próprios olhos. Tiramos muitas fotos, andamos pela costa (que é de pedra lisas, e não de areia) e aproveitamos alguns momentos únicos desse finzinho de verão onde o grande rio St. Laurent se encontra com o mar.

Ainda no Parque Forillon, visitamos o maior farol do Canadá, o Cap des Rosiers. Existem muitos faróis na região da Gaspésie, mas esse farol é o que fica mais na ponta, perto do mar, e por isso ele tinha que ser o mais imponente de todos. Eu, que nunca tinha visitado um farol nem no Brasil, fiquei bem contente de finalmente conhecer um, e tão grande assim. Tiramos várias fotos por lá e colocamos o pé na estrada, pois a próxima atração estava a duas horas de ônibus dali.

E não é que valeu muito a pena essa estrada? Já de longe o Rocher Percé já despontava como a grande atração da tarde. Ao chegarmos à cidade - Percé - almoçamos e logo pegamos o barquinho para um pequeno cruzeiro ao redor desta rocha fenomenal que se ergue imponentemente no meio do mar. E o toque final da coisa toda é ainda o grande buraco que ela possui, quase geometricamente redondo. Não existem muitas formas de se expressar a sensação de ver com os próprios olhos isso tudo. Foi muito para este coraçãozinho aqui.

Ainda no barco fizemos um tour pela Île Bonaventure, onde pude ver, além de muitas focas nadando descompromissadas pra cá e pra lá, a maior concentração de gaivotas que eu poderia imaginar na minha vida. Vocês não estão entendendo o que eu quero dizer com isso. São muuuuuuuitas gaivotas mesmo, tanto voando quando sentadas pelas encostas da ilha. De longe, parecia até que o rochedo tinha manchas brancas, que na verdade eram as milhares e milhares de gaivotas se reunindo para jogar conversa fora enquanto cuidam de seus filhotes. Desembarcamos na ilha e fizemos uma trilha de meia-hora que nos levou até o ponto mais alto do lugar, onde vimos aquela gaivotada toda reunida, ali a menos de um metro de distância da gente.

Dia acabando, voltamos para o continente e pegamos nosso ônibus rumo a New Brunswick para passar a noite. O dia foi movimentado e uma caminha era tudo que a gente precisa antes de encarar o último dia.





(continua...)

Salut!

terça-feira, 8 de setembro de 2009 - por Thiago

Gaspésie - I


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Feriado chegando a gente não se aguenta né? Colocamos as mochilas nas costas e saímos eu, Mirian e Nellyr, junto com a Wonder Travel, rumo a Gaspésie, no norte da província do Québec.

Saímos 6:30h da manhã sabendo que íamos encarar 10 horas de estrada. Nosso guia turístico, Duncan, chinês e o guia mais aloprado que eu já conheci, foi já mandando informações turísticas, desde Montréal, em inglês, chinês e um pouquinho de francês, e isso nos fez ter a nítida impressão que a viagem ia ser longa... muuuuuuuito longaaaa...

Mas vocês acreditam que nem foi tanto assim? Fizemos várias paradas para esticar as pernas, ir ao banheiro e comer, e isso deixou a viagem muito mais tranquila. Paramos em Rivière du loup para almoçar e logo depois paramos em Sainte-Flavie para ir ao banheiro, e foi aí que começamos a tirar as fotos, pois o rio St. Laurent lá pra cima já é bem diferente do que a gente conhece aqui em Montreal.

Continuando o caminho, passamos por Cap-Chat para visitar uma fazenda de energia eólica, mais conhecido aqui como Éoliens. A visita é guiada por um engenheiro, que naquele dia tava conseguindo ser mais biruta que o nosso guia, gritando e correndo para um lado e para o outro. Visitamos a maior turbina de energia eólica do mundo e vimos vários daqueles ventiladores gigantes que esse pessoal usa para transformar vento em energia elétrica. Muito legal mesmo a parada.

Saindo das turbinas, fomos direto para Gaspé, subindo o rio até onde ele vira mar. O hotel que ficamos hospedados também ultrapassou as espectativas, pois era muito organizado, limpo, bonito e bem equipado. Íamos precisar descansar bem de noite para aproveitar todas as emoções do domingo, o dia mais agitado da viagem.


(continua...)

Salut!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009 - por Mirian

Trabalhando!

Sim, sim, já estou trabalhando! Obrigada a todos que torceram, comentaram, oraram e vibraram comigo pois já consegui um emprego, quer dizer dois, na verdade quase três. Calma, eu explico.

Comecei meu "treinamento" por telefone ontem pra trabalhar naquela escola em que o aluno faz tudo sozinho e só fica batendo papo por telefone com o professor. Quer dizer, vou trabalhar é na minha casa, afinal o telefone é meu e nem preciso tirar o pijama pra dar a aula. Que beleza! Por falar em telefone esse negócio já está me enchendo o saco. Ligo pra Videotron pra instaleram um telefone fixo em casa, depois descubro que posso usar o serviço de longa distância da Distributel pelo celular mesmo, aí ligo de novo pra Videotron pra cancelar, aí a secretária da escola me diz que no celular a qualidade é ruim e que eu tenho que ter um telefone fixo...enfim, uma confusão! O mais engraçado foi ir na segunda entrevista e o tiozinho mafioso dizer "Você vai ganhar $X por hora" ao que eu respondi "Mas o senhor não tinha falado que era $Y?" ele olha pra cima, faz uma cara de quem está pensando e diz "É verdade, você é a fulana do currículo assim, assim. Vai ganhar $Y mesmo" Ufa! Era só o que faltava diminuir o salário, né? Mas ainda bem que ele me deu um horário bom e organizado, nada típico de escolas de idiomas.

A outra escola treinou os professores numa sessãozinha de uma hora e meia e já me passou um aluno que vai ter aula na empresa dele duas vezes por semana. A tiazinha me ligou e perguntou quanto de experiência eu tinha, eu disse tantos anos e ela respondeu "Então você vai ganhar tanto por hora." Tá, mas cadê a explicação do plano de carreira? Cadê a tabela dos valores segundo a experiência? Não vi! Mas tudo bem, vou sair de casa, conviver com o aluno, ver que ele é de carne e osso, olhar nos olhos dele, enfim, sair do telefone e isso é mais saudável, né?

Vou numa entrevista numa terceira escola amanhã que me parece mais organizada, o cara já me explicou tudo por telefone, inclusive já definiu o salário e pareceu muito sério, vamos ver na vida real como funciona.

Percebi que no geral o pessoal aqui não liga muito pra esse negócio de treinamento, mesmo nos pagando por isso. Talvez isso afete a qualidade do trabalho, mas pelo menos não enche o saco do professor que já sabe dar aula e não precisa ficar ouvindo tudo de novo. Enquanto que no Brasil a escolinha mais fubanga de todas vai te alugar por no mínimo uma semana, por período integral sem te pagar nem transporte, nem almoço, mas pelo menos a gente aprende bastante. Cada lugar com seus prós e contras, né? Eu tô é feliz de poder começar a trabalhar em menos de um mês depois de ter recebido os documentos.

Por falar em documentos, minha ÚLTIMA etapa do processo de imigração será uma "entrevista" no dia do aniversário do meu amor (18 de setembro) onde iremos juntos mostrar os originais dos documentos pra que eu finalmente vire residente. Mais detalhes em breve.

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