segunda-feira, 31 de outubro de 2011 - por Thiago

Cidadania progredindo

Estuda não, pra você ver...
Depois de exato um mês e meio do envio da minha aplicação para a cidadania canadense, hoje recebi a minha carta de confirmação de abertura do processo. O tempo de resposta foi dentro do previsto e agora resta torcer para que todo o restante do processo continue dentro do esperado também.

Dentro da carta veio o documento de confirmação oficial que diz quem aplicou para o quê, os critérios de avaliação para obtenção da cidadania e as fontes de contato com o governo para eventuais dúvidas durante o processo. Veio também um pequeno papel com as exigências linguísticas (sem trema mesmo?) necessárias para a aprovação, bem como um guia/manual que deve ser estudado à exaustão para que se esteja apto a responder a todas a perguntas que possivelmente aparecerão durante o famoso teste. É claro que você é quem decide em qual das duas línguas oficiais do Canadá você quer que as coisas se desenrolem.

Para encurtar a história, daqui mais ou menos UM ANO serei chamado para uma entrevista e um teste teórico sobre meus conhecimentos de política, geografia, história e direitos e deveres canadenses. Caso eu não dê nenhum vexame nestes pequeninos testes, terei minha cidadania aprovada, mas todo esse processo ainda vai ser documentado por mim, em um posts lááááááááááááááá no futuro.

E enquanto esperamos, o site oficial do governo já disponibiliza minha situação atual. Olha que bonitinho.


E vamos tocando a vida, sempre com Deus ao lado.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011 - por Thiago

Vamos ocupar tudo!

Nós somos os 99%!!

Foi com esse lema que um montão de gente daqui de Montréal (e arredores) começou uma ocupação pacífica, limpa e organizada na Square Victoria aqui na frente do prédio onde trabalho. O movimento é derivado e inspirado no pessoal do Occupy WallStreet, que está fazendo e acontecendo lá en New York desde o final do mês passado, e aqui ele se chama Occupons Montréal (ou Occupy Montreal mesmo) e segue os mesmos princípios de todas as outras ocupações que estão tomando conta deste nosso planetão de meu deus.

Mas o que estes caras estão reinvindicando, afinal das contas? Bom, a resposta não é tão simples assim e creio que ele me ocuparia uns belos posts, mas como o objetivo deste bloguinho não é este, vamos tentar encurtar a história. De uma forma geral, todos os movimentos de ocupação se baseiam na premissa de que, sendo a minoria de 1% as pessoas que possuem a maioria do capital mundial, é completamente injusto que estes sejam os detentores de poder sobre os resto dos 99% que não possuem tanto assim. O que estes indignados querem é receber o poder de volta para a maioria, como uma verdadeira democracia deve ser.



Quer ir lavar louça um pouco?


É interessantíssimo notar como todo mundo por lá é organizado, gentil e autruísta. Eles possuem banheiros, centro médico, cozinha, gerador de energia elétrica por diesel (e uma tentativa via energia solar) e até um depósito de roupas para o frio que já chegou aqui no Quebec. Mas incrível ainda é ver como o movimento cresceu em duas semanas (eu passei por la nos primeiros dias) mesmo com a temperatura abaixando. Eles estão prontos para resistirem na ocupação até a primeira tempestade de neve, quando acredito que os problemas logísticos estarão acima da capacidade deles de continuarem por lá. Os meios mediáticos e a polícia fazem companhia aos indignados, mas nenhum problema maior foi registrado até agora. Tudo anda na mais perfeita paz.

Só o que me inquieta um pouco, UM POUCO, é a pertinência de ficar acampado para tentar trazer alguma mudança. Eu estou achando que os ricaços estão meio que defecando e andando para essa galera, e aí as coisas não vão chegar onde deveriam. Talvez eu esteja errado e venha a me arrepender de ter escrito isso e tudo o mais, mas não acho válido me colocar dentro de uma barraca no meio do Inverno Outono de Montreal para protestar. Espero mudar de opinião.

Minha esperança está em Deus, e acho que a coisa não vai melhorar, mas temos que fazer a nossa parte por um mundo melhor, e a iniciativa desses ocupantes de Montreal (e do mundo todo) é tirar o chapéu.

À luta, companheiros!

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