Galera, depois de termos
Bruxelas e
Luxemburgo devidamente apresentadas, segue o relato da Mirianzinha sobre Paris, escrito
in loco hein? Coisa muito chique.
Pode ser que aqui seja... sei lá... a China!
Sácré-Coeur - Subimos à igreja carregando os patins só pra cansar um pouquinho mais. A rua de acesso mais popular estava lotada. Tinha uns caras fazendo turistas apostarem (assim deduzi) num joguinho que não sabíamos o que era. Tinha muita gente vendendo coisinhas, várias pessoas se fazendo de estátua pra ganhar dinheiro e também vários mendigos. Muita gente e muita pobreza. Entramos e andamos rapidamente na igreja pois estava tendo missa. Tiramos uma foto do domo que tinha uma pintura linda, mas o cara mandou apagar pois não podia tirar foto lá dentro, sabe-se lá porque! A igreja é bonita por fora, diferente das outras, realmente lembra uma mesquita, a pintura no domo é linda. A vista lá de cima nos deu uma boa idéia de que a cidade é meio sem cor e tem pouquíssimas áreas verdes.
Rollers et Coquillages - Fomos no "rolê" de 23 km de patins com mais ou menos 5 mil pessoas! Super organizado, acompanhado pela polícia e ambulância. A rua era completamente fechada antes de passarmos. Não era muito difícil, mas tinha umas decidinhas, subidinhas e paralelepípedo! Fiquei muito cansada e grudada no Thiago, como sempre, a dor de cabeça também não ajudou, mas mesmo assim achei um jeito muito legal de ver a cidade. Claro que o Thiago simplesmente adorou o passeio e queria voltar toda semana, segundo ele, Paris é a " Meca da patinação" e ninguém o avisou! Detalhe: poderíamos ter alugado patins lá mesmo... Durmi como um anjinho de tão exausta!
Paris é a meca da patinação.
Louvre - €10 - chegamos bem cedo, não pegamos muita fila. Demoramos para nos localizar lá dentro porque os mapas não estavam completamente corretos segundo o Thiago, porque eu já nem tentei entendê-los. Gostei das pinturas, principalmente das telas bem grandes e das pinturas no teto. Os cômodos de Napoleão também foram muito impressionantes. Tinha muitos quadros de mulheres de peitos de fora e muitas com bebês, rsrsrsrsrs. A parte do Egito não era tão legal como esperávamos. O Thiago preferiu as esculturas. O museu é imenso, mesmo com algumas partes fechadas. Também vimos uns pintores copiando umas obras. Eles eram bem bons! Com certeza eu voltaria lá pra passar mais tempo. O prédio e as obras valem muito a pena.
Sainte-Chapelle - Não deu pra ver quase nada, nem por fora. Ela fica dentro dos muros de um outro prédio, parece ser junto com o Palais de Justice, achei isso meio esquisito.
Notre-Dame - Vimos por dentro mas não subimos na torre. Ela é extremamente alta e bonita, mas não tão cheia de coisas como muitas outras que vimos. Os vitrais são bem bonitos, mas o mais impressionante é o lado de fora, com muitos detalhes. Do rio se tem a vista mais bonita, que é do lado da igreja. Me deu vontade de ler e de assistir "O corcunda de Notre-Dame".
Panthéon - Só vimos de fora, é bonito, mas simples.
Arc de Triomphe - Vimos apenas por fora porque, mesmo se quiséssemos, não daria pra subir pois eles estavam em greve. Um velhinho de bigode engraçado me deu bronca por estar deitada com os pés descalços apoiados na parede do arco. Ele exigiu "mais respeito com os soldados" e disse que todo mundo ia ter que sair dali dentro de uns 10 minutos, ele estava bem bravo! Acho que ia ter alguma celebração porque vimos um pessoal em fardas, militares, marinheiros etc. Como diz a Natalie Tran, nós gostamos de Paris, mas ela não gosta da gente! Uma coisa impressionante é que a rotatória em volta da praça do arco não tem sinalização nenhuma! Os pedestres passam por um túnel, mas é uma confusão pros carros entrarem na rua certa!
Tour Eiffel - €4,70 - Como eu estava muito cansada, ficamos num banquinho, depois fomos ao Trocadéro tirar fotos da torre, quando resolvemos subir, só a subida de elevador ainda estava funcionando então ficamos esperando escurecer pra vê-la iluminada. Valeu a pena pois teve um momento em que as luzes dela começaram a piscar e isso durou uns bons minutos. Foi muito lindo! Lá também tinha muita gente vendendo torrezinhas sem cansar de oferecer. Uma praga! No dia seguinte fomos subir a torre pela manhã. A maioria das pessoas sobe de elevador, então não tinha muita fila. Foi cansativo, mas sossegado. A vista é bonita, mas não se vê muita diferença entre o primeiro e o segundo andar, creio que pelo relevo da cidade.
Vamos ver a Monalisa... depois a Monalisa...
Hôtel des Invalides (musée de l'armé) - Só vimos pelo lado de fora, até porque já estava fechado. Vimos os jardins com as arvorezinhas baixinhas, um portão daqueles que tem uma pontezinha pra passar por cima de um buraco e o domo dourado, depois me dei conta de que vimos o lado, não a frente!
Statue de la Liberté - Andamos pra caramba só pra vê-la de costas e descobrir que ela é bem menor do que a que está em NYC. Lemos que ela foi um presente dos EUA à França pra retribuir pelo original.
Musée d'Orsay - infelizmente vimos só por fora! Fiquei chateada com o desencontro de informações. Uma pessoa confirmou que poderíamos pagar mais barato à partir das 16:15, mas que tínhamos que esperar até lá pra comprar o ingresso. Li na máquina que tinha desconto pra "menores" de 31 anos, fui conferir e a pessoa disse que só até 25 e além disso que a outra promoção era só à partir das 16:30. Azedei! Só ia ter uma hora pra ver tudo e tinha muita gente! Pelo menos me deixaram usar o banheiro. Desistimos e fomos ver as esculturas das mulheres representando os continentes do lado de fora. O prédio também é bonito, uma antiga estação de trem.
Centre Georges Pompidou - Só vimos por fora o prédio colorido, cheio de canos e que parece que está sempre com uns andaimes. O bairro perto dele é bonito e, pelo jeito, mais freqüentado por locais do que por turistas.
O hotel em que ficamos foi ótimo (
Holiday Inn, metrô Riquet), bem bonitinho, bairro legalzinho, café da manhã delicioso!
Acho que ficar pouco tempo querendo fazer top 10 exige muito e não contribui pra gostar do lugar, mas foi mais ou menos como eu esperava.
Paris precisa urgentemente de mais parques com gramados bons e limpos. Os poucos gramados que vimos estavam fechados, ou meio "machucados" e cheios de bitucas de cigarro (eles fumam demais), tinha muitas áreas com terra/areia em vez de grama, fala sério! Como é que vou descansar dessa caminhada toda?
Também não tem banheiros o suficiente, nem mesmo pagos, como na Bélgica. Passamos por apuros nesse aspecto.
Achei engraçado que na maioria dos restaurantes, bares e cafés as cadeiras são de frente pra rua. Tinha gente sentada em dois olhando pra rua em vez de olhar pro amigo!
Outra coisa é que deveríamos ter pensado melhor a questão da alimentação já que não queríamos gastar com gorjeta. Fomos em padarias e mercados, mas não tinha geladeira no hotel! Além de ter sido meio difícil encontrar lugares legais pra sentar e fazer nosso pique-nique.
O metrô é imenso e funciona bem, mas é cheio de gente de tudo quanto é tipo, bem cansativo, como em NYC, mas por isso eu já esperava.
Gostei, mas não tanto quanto as pessoas falaram. Acho que estou começando a preferir cidades menores.
Vai achando que Dona Mirian é brincadeira! Este é o relato mais detalhado de Paris desde a última invasão napoleônica!
Próxima parada?
Bruges e Oostende!