A ministra da imigração e das comunidades culturais, Mme. Yolande James, quer certificar-se de que os imigrantes estão por dentro do que acontece aqui na província antes de chegarem, e que eles aceitem formalmente esse modo de vida para não dizerem depois que foram enganados. Dentre os valores mencionados, os que mais levam destaque são a igualdade entre homens e mulheres, o francês como língua oficial da província e a separação entre poderes políticos e religiosos.
É importante salientar que o ministério faz questão de deixar bem claro que esse documento não tem caráter coercitivo, ou seja, não vai fazer com que o imigrante assine uma sentença de culpa ou nada parecido. A intenção do Quebec é somente garantir que o imigrante está consciente da cultura social daqui e que mesmo assim topa encarar o desafio. As punições pelo não cumprimento de qualquer uma dessas normas são as mesmas tanto para quem assinar o documento quanto para um qualquer outro, pois a justiça aqui funciona para todos.
Pra nós brasileiros isso não é um problema muito grande, porque somos facilmente adaptáveis às diferenças, e de qualquer maneira os pontos essencias não são tão diferentes assim dos brasileiros. Acredito que o maior desafio seja para as culturas declaradamente patriarcais (entenda-se machistas) ou as sociedades estritamente religiosas, que de vez em quando querem fazer valer esses direitos aqui também, mas aqui, a balada é outra.
Existem outros pontos de mudança no processo de imigração, como o fato de não se precisar mais saber francês para a seleção provincial, mas essa questão eu prefiro comentar em um post dedicado ao assunto.
Salut!
fonte: Jornal do Metro.