quarta-feira, 29 de dezembro de 2010 - por Thiago

Varadero - Cuba - Parte 2

Vamos ao que interessa? Todo mundo sabe que, quando se compra uma viagem para as ilhas do Caribe, o que se tem em mente, além da comida e do descanso é PRAIA. Com direito a muito SOL e muito CALOR! Eu coloquei todas as palavras-chave em letras maiúsculas por um simples motivo: em Cuba, todos estes termos foram utilizados em seu nível máximo de aproveitamento.

A praia é cristalina como nunca havia visto igual. Tudo bem que já ouvi dizer de praias lindíssimas no nordeste brasileiro, mas como nunca fui continuo com minha afirmação "Nunca vi água tão cristalina na minha vida". Mesmo estando a mais de cem metros da praia e a alguns tantos metros de profundidade, ainda é possível ver o fundo. Eu fiquei de boca aberta.

A areia é branquinha, e o Rafa me falou que isso é um ponto fortíssimo para o nível de qualidade da praia. Eu não sou entendido dessas coisas, mas tenho que confessar a areia branquinha é bem bonitona mesmo. No hotel em que ficamos, a faixa de areia é bem estreita (cerca de uns 50 metros somente) para o padrões brasileiros, mas para a quantidade de gente na praia, está mais que suficiente.

O calor estava espetacular! Com exceção da segunda-feira, tivemos Sol forte durante todos os dias, com uma média de pico de 30ºC fácil, fácil. No primeiro dia, o engraçadinho espertão turista aqui esqueceu-se negligenciou o protetor solar e não deu outra: fiquei todo vermelho no dia seguinte, tendo que passar o dia de camiseta e tudo. Mas no restante dos dias, com a lição devidamente aprendida, pudemos aproveitar bastante e eu até fiquei com aquela cor-do-pecado. Dona Mirian, por outro lado, esqueceu do protetor no último dia e ficou toda vermelha e inxada. Ai ai ai viu...




(continua...)

domingo, 26 de dezembro de 2010 - por Thiago

Varadero - Cuba - Parte 1

Rafa, Pat e o presente do Johnny
Fazia tempo, mas muito tempo mesmo que Mirian e eu estávamos planejando essa viagem de férias, mas sempre aparecia alguma coisa para darmos a desculpa e acabávamos indo para um Estados Unidos qualquer. Agora foi diferente. Pat e Rafa nos fizeram o convite, e com amigos firmeza como esses, não tem como enrolar. Bora todo para Cuba, aproveitar o Sol e fugir do inverno canadense pelo menos por uma semaninha!!

Carraiada velha, mas elegante
A viagem começou na manhã de um dia frio aqui em Montreal rumo ao calor de Varadero - Cuba. No aeroporto, os monitores registravam 7ºC em Varadero pela manhã, o que nos deixou um pouco preocupados, mas de maneira nenhuma desanimados. E qual não foi a nossa surpresa quando chegamos em Cuba!! O Sol estava bem quente e gostoso!! Vambora aproveitar!! Outra coisa que nos chamou muito a atenção foi a idade média dos carros no país. A grande maioria dos carros foi construída nos anos 1950, mas esses detalhes serão abordados em breve.

Nem tava legal viu?
O Hotel RIU Varadero seria a nossa morada durante uma semana, e ao chegarmos sentimos que a estadia seria proveitosa. Comida boa e farta, piscinas grandonas e estiloasa e o mais importante: tudo isso incluído no pacote, 24 horas por dia! Aqui no Quebec, é normal esse tipo de pacote tudo incluído (tout inclu em francês) para destinos tropicais, e já imaginei logo que minha barriga sofreria um aumento brusco de proporções durante o período em que ali ficaríamos. Não poderia ter feito uma previsto alguma coisa mais obvia que isso né? E não deu outra! A barriga cresceu um pouquinho mesmo.






Vida boa...
No primeiro dia fizemos o reconhecimento geral do hotel e de suas dependências, mas já estávamos entendendo como seria toda a dinâmica da viagem, e isto devido a um fato muito especial. O Rafa é muito [MUITO, MUUUUUUUUITO] comunicativo, inclusive na língua espanhola, e isso foi suficiente para que ele fizesse amigos cubanos de maneira muito rápida. Como o povo cubano é em geral muito [MUITO, MUUUUUUUUITO] simpático, as amizades formadas renderiam muitos frutos futuros.

Esses frutos, junto com a experiência da praia cubana, fica para as próximas partes ok?




(continua...)


quarta-feira, 8 de dezembro de 2010 - por Thiago

A neve cai e o bicho pega...

Começo... pouquinho né?
... mas só pega para aqueles que não olharam a previsão do tempo (que foi o meu caso), ou confiaram em uma previsão de tempo errada (que foi o caso de todo o resto da cidade).

A primeira neve do ano é algo muito importante para Montreal, pois é aí que começam as operações milionárias de limpeza de neve. O problema é que nessa primeira ninguém bota uma fé e depois que ela cai forte a cidade toda fica com vários e vários centímetros de neve para serem limpados, e enquanto isso o trânsito chega ao caos... quer dizer... caos aqui é algo perto de 10% do que temos em São Paulo a cada dia.

Mas como desgraça pouca é bobagem, na primeira nevasca do ano eu nem sequer sabia que ia cair neve, e saí de casa lindo e belo sem nenhum aparato especial para estas situações especiais.

E deu no que deu: o vídeo fala por si só (e tenham paciência porque ele tem uns 7 minutos, mas é bem legalzinho):




Vamos esperar que este cabeça de bagre aqui que vos escreve tenha aprendido a lição para a próxima vez. Pelo menos nesse inverno, eu estou vacinado.

Salut!

ps- Boas referências do que foi essa nevasca no blog do Sandro e do Flávio.

domingo, 28 de novembro de 2010 - por Thiago

Uma gralha no meio do nada.

Seguindo a maratona de programações iniciadas pelos bravos guerreiros de minha comunidade, semana que vem teremos mais um momento épico.

Coisa louca né?
Eu sei que você não deve estar entendendo muito o que está acontencedo, mas esse é só um motivo a mais para você vir prestigiar esse evento humorístico preparado com tanto carinho especialmente para você!
Nos vemos lá! Salut!

terça-feira, 2 de novembro de 2010 - por Thiago

Programação dos amigos

Uma das coisas que mais pesa no coração de um imigrante é a saudade da terrinha querida. E para você que sente um pouco desse aperto no peito quando lembra do nosso país varonil, essa é a sua chance de matar um pouco dessa saudade.



Eu sei que a letra está um pouco pequena, então vou transcrever o texto:
Saudade do Cristo?
Saudade da terrinha?
Saudade dos amigos?

Você está convidado para um programa especial da mais nova comunidade brasileira de Montreal.
Uma oportunidade de matar um pouco dessa saudade e fazer novos amigos.

Onde? Av. Papineau 6980 (a 200 metros do metrô Fabre)
Quando? 6 de novembro das 10:30h às 12:00h.
Almoço gratuito à partir do meio-dia.
Jovens adventistas do sétimo dia.
iasdmontreal.blogspot.com

Você não pode perder! Até lá!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010 - por Thiago

Patinação de velocidade

Patins é meu esporte do coração, e neste final de semana fomos acompanhar, prestigiar e vibrar muito na Copa do Mundo de patinação de velocidade em pista curta, que estava rolando aqui em Montreal mesmo, na Arena Maurice Richard, que é pertindo daqui de casa. Eu e Mirian gostamos muito dessa modalidade, e juntando o fato que nunca tínhamos entrado nessa arena, lá fomos nós domingo bem de manhazinha para o evento.

A primeira grande surpresa é que, embora pensássemos que tínhamos que pagar para entrar logo de cara, ao chegar lá descobrimos que as competições na parte da manhã eram de graça, gratuitas, no vascão mesmo. Entramos e assistimos as disputas da repescagem de várias categorias, mas as vedetes, que são os atletas canadenses medalhistas das olímpiadas de Vancouver, não deram o ar da graça nas pistas na parte da manhã, aparecendo contudo nas arquibancadas para realizar os procedimentos padrões de aquecimento, o que já foi o suficiente para eu pelo menos tentar tirar uma dezena de fotos, que foram todas mal-sucedidas.


Quando as competições da manhã terminaram, tivemos que sair para comprar os ingressos e re-entrar para as competições da tarde (já imaginou isso no Brasil? bem... melhor nem pensar...). E aí que a festa realmente começou, porque agora Charles Hamelin, Marianne St-Gelais e cia estavam todos na pista, dando tudo de si em performance de encher os olhos. Eu que achava que meu nervoso era só vendo partidas de futebol no estádio (além do hockey), descobri que na verdade eu não posso assistir nada ao vivo e a cores que meus nervos ficam à flor da pele. Berrei muito pra inventivar os nossos atletas, e acho que funcionou, viu?

O saldo final foi de 3 ouros, 1 prata e dois bronzes, num total de 5 modalidades. É mole ou quer mais? Eu posso até ser chamado de richento e tudo o mais, mas o mais legal disso tudo ainda foi ver que na maioria das categorias, a nossa equipe ganhou em cima dos americanos. Ahhh... é de lavar a alma!!


Ao total, ficamos 7 horas dentro do estádio, assistindo as corridas, e mesmo saindo bem cansados de lá (as cadeiras são antigas, ou seja, desconfortáveis) eu fiquei bem animado para patinar nesse inverno e, quem sabe, começar a dar uma olhada nessa tal de modalidade velocidade da patinação. Os patins são diferentes mas Montreal tem alguns centro de treinamento para interessados, e eu sou definitivamente um deles. Espero que até o final do ano eu não perca essa euforia, pois fazer exercício é bom e conserva a barriga dentro dos limites da calça.

Salut!

domingo, 3 de outubro de 2010 - por Thiago

Eleições por aqui

Uma das coisas mais interessantes nesse mundico é esse tal desse lance de exercer a cidadania. Eu, que ainda não sou canadense AINDA, só consigo exercer a cidadania brasileira, e foi essa mesma que eu exerci hoje, bem cedinho, nas eleições para presidente de 2010.

- Mas só pra presidente, Thiago? E as eleições para deputados, senadores e governadores?

Calma que eu explico. Todos os eleitores domiciliados no exterior e que já transferiram o seu título para os respectivos consulados brasileiros ao redor do mundo votam somente para presidente, e se você parar pra pensar isso é bem lógico pois nós, brasileiros expatriados, não temos mais nenhum vínculo legal/oficial com nenhum estado brasileiro, e todas as outras vagas são ligadas a estados.

(Agora que já fomos todos apresentados para a realidade dos imigrantes, deixem-me continuar com meu post, por favor. Obrigado. Humpf!)

Muito bem, cheguei bem cedo ao local das eleições aqui em Montreal, que é no andar térreo do consulado brasileiro. Eu achei que ia ser aquela muvuca, mas até que tudo estava bem organizado. Como vocês já perceberam, só o tonto aqui não sabia mas eu não pude tirar fotos no local de votação (com exceção da plaquinha na entrada, que pode ser vista aí no começo do texto), mas nada que tenha me deixado muito desanimado.

Peguei meu novo título na hora, pois o pessoal estava fazendo uma força-tarefa para entregar todos os títulos ainda não retirados, e logo após me encaminhei para a minha seção, que não tinha ninguém àquela hora da manhã. Votei e voltei para casa rapidinho, não levando mais que uma hora e meio desde a hora que saí de casa até a hora que voltei (e lá se vão 15 estações de metrô). Não sei se esse movimento vai aumentar durante o dia, então nos resta esperar pelos relatos dos outros blogueiros brasileiros de Montreal. A última vez que tinha votado foi lá em 2006, e depois disso perdi as votações municipais de 2008, então me senti bem votando novamente.

Mas como nada é perfeito, eu cometi um erro grave hoje. Eu já fui mesário durante algumas eleições, e a parte mais legal era receber quitutes levados pelo eleitores par alegrar o nosso dia. Quando eu deixei de ser mesário, me prometi sempre levar quitutes para o pessoal que passa o dia trabalhando pra gente, e consegui cumprir muito bem com meu compromisso até hoje, quando esqueci de levar um presente pra galera trabalhando lá. Que lástima! Espero do fundo do meu coração não me esquecer da próxima vez.

Salut!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010 - por Thiago

Trip pra Boston - Dia 3 (final)

A viagem foi bem proveitosa, divertida e cansativa (como vocês podem constatar aqui, aqui e aqui) mas como em toda boa viagem, chega a hora de ir para casa, e foi isso que fizemos em nosso último dia de trip, logo pela manhã.

Mas quem estava achando que o trajeto seria direto para casa, estava muito enganado! Ainda tínhamos um dia inteiro pela frente e Montreal não é assim tão longe de Boston. O que fazer então durante o tempo livre? Hein? Hein?

Compras! É claro!

O estado de New Hampshire não cobra nem um centavo sequer de taxas para bem adquiridos por lá (só comida não entra nessa conta) então imaginem a beleza que é encontrar um outlet (que já é bem barato por natureza) e ainda por cima não pagar nada para o governo por isso? Fantástico! Achei esse Tanget Outlets, em uma cidadezinha que se chama Tilton, e foi pra lá que rumamos, mas antes disso ainda demos uma passada em uma outra cidadezinha chamada Nashua para fazer umas comprinhas na Barnes & Noble e na Best Buy. O outlet em si não é muito grande, mas isso chega a ser até bom para conter nossos ímpetos consumistas. Pegamos só algumas roupas, almoçamos e fomos embora.

O último trajeto precisava ser decidido. Eu estava em dúvida se voltávamos pela mesma rodovia que tínhamos ido e passávamos pela capital de Vermont, Montpellier, ou se fazíamos o caminho mais curto passando por New Hampshire mesmo. Por conta do trânsito que tínhamos visto no caminho até ali, nos decidimos pela segunda opção, e não é que ela foi espetacurlamente boa?

No meião do estado de New Hampshire existe um parque estadual que se chama Franconia Notch State Park, que é composto por montanhas bem grandes no melhor estilo filmes-americanos-no-meio-da-natureza. Nós não chegamos a parar o carro para entrar no parque, mas a estrada passa pelo meio dele, e as paisagens que vimos foram simplesmente espetaculares. Uma pequena noção do que foi a vista pode ser contemplada na foto ao lado. Maravilha né? Pois é, nós também achamos. A Mirian que gosta de passeios na natureza como esse já colocou o parque Franconia na nossa lista de próximos destinos, e eu, que não sou bobo nem nada aceitei de bate-pronto.

O resto do trajeto foi tranquilo (cadê o TREMA!!) se não contarmos os 60 minutos que passamos na fronteira tentando voltar ao Canadá e chegamos em casa cansados, mas felizes pela viagem.

Qual será nosso próximo destino? À suivre...

Salut!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010 - por Thiago

Trip pra Boston - Dia 2

Depois de um dia de descanso e outro de muito andança pra lá e pra cá, saímos cedo mais uma vez para o último dia de passeios por Boston, e já na saída fizemos uma correria danada pra tentar pegar a última passagem que a Mirian tinha direito no cartão 24 horas dela. Na verdade, entramos no metrô alguns minutos depois de expirado o cartão, mas o condutor foi bonzinho conosco e deixou a Mirian passar com o bilhete vencido. Que beleza né? Chegando no centro, ao invés de seguirmos pela Freedom Trail, seguimos para o outro lado da cidade, visitando outros pontos interessantes, mas que não tem tanto a ver com a história da independência americana.

Saímos da Boston Commons, passamos pela Public Garden, que parece bastante uma versão Bostoniana do Central Park e depois saímos pela Commonwealth St. em direção à Trinity Church. Não pudemos entrar dentro do templo pois estava acontecendo uma missa privada bem naquele momento, mas só a arquitetura externa já valeu a visita (e as fotos). Ao lado do Trinity Church está o John Hancock Building que é bem bonitão e impressionante com as suas paredes espelhadas. Em frente aos dois fica a Boston Public Library, que deixou a Mirian com água na boca, mas não pudemos entrar porque ela estava fechada por conta do feriadão.

Depois dali demos uma passada básica na Apple Store do Boylston St., e no Prudential Center que tem o edifício mais alto de Boston. Passando estes chegamos na reflecting pool da Igreja de Jesus, Cientista, e eu tenho que confessar que essa igreja chama muito a atenção pelo tamanho, beleza e mistério que envolve esse nome tão peculiar. Seria essa a famosa igreja da cientologia? Era o que eu achava, e por isso fomos fazer um tour dentro do templo, mas acabamos descobrindo que esta igreja não tem nada a ver com aquela famosa, e que eles são protestantes e acreditam na cura através da oração, e da oração somente. Achei muito interessante (apesar de não concordar com o posto de vista deles, da maneira que eles apresentam a coisa) e fiquei deslumbrado com o tamanho da estrutura que eles possuem. Pena que não se pode tirar fotos dentro do templo, mas ele por fora pode ser visto nesta foto ao lado.

Terminamos o nosso passeio indo até o Fenway Park, que é a casa dos Red Sox, o time de baseball de Boston. Eu, inocente que só eu, achei que conseguiria comprar tickets para o jogo que estava acontecendo na mesma hora, mas acabei descobrindo que as entradas para esses jogos são tão difíceis de se encontrar como para um jogo de basquete, futebol americano ou hockey aqui na América do Norte. Saímos dali desapontados (ah... nem tanto assim, vai) e ainda fomos abordados nos arredores dos estádio por cambistas querendo vender entradas, mas como não tínhamos NENHUM dólar americano nos bolsos, deixamos pra lá.

Preciso dizer que depois de tudo isto eu estava só o pó da rabiola? Não né? Pois muito bem. Fomos pro hotel, almoçamos e ficamos no quarto relaxando, com o senso de dever cumprido. Boston foi muito legalzinha e merece um retorno, em um futuro não muito distante. O dia seguinte seria de viagem de volta e compras, então tínhamos que estar preparados para a pegada.

(continua...)

domingo, 12 de setembro de 2010 - por Mirian

Tirando os sisos em Montreal

Ai que dor!!! Nunca mais vou ao dentista na minha vida!!! Quer dizer, pelo menos até o trauma passar!

Tudo começou quando descobri, ainda no Brasil, que dois dos meus dentes do siso estavam na posição errada. Até aí, normal, muita gente tem esse problema. Eu queria resolver tudo antes do casamento e antes de vir pra Montreal, mas os dentistas foram bem pessimistas e eu desisti de pensar no assunto por um tempo. Uma tentou um tratamento alternativo pra arrumar o dente, não deu certo! Mais senti dor à toa do que qualquer outra coisa! Outro disse que eu tinha que assinar um termo de responsabilidade pelos riscos corridos durante a cirurgia, que medo! Um terceiro disse que só faria a cirurgia num hospital pois haveria a chance de eu ir parar na UTI! Detalhe que esse hospital tinha que ser Einstein, São Luís, ou algo do gênero, simplesmente além do meu alcance. Com certeza nem o convênio médico e nem o convênio dentário cobririam a brincadeira, então, deixei tudo pra lá.

Um dos dentes começou a me incomodar, nada muito terrível, mas resolvi verificar a situação. Fui ao Dr. Morris Gourgi, indicação de uma aluna minha. Ele me explicou tudo direitinho, os riscos, as possibilidades, foi honesto e demonstrou mais competência e responsabilidade do que os outros que eu tinha visto no Brasil. Acabei o indicando também pra minha irmã e ela também gostou. Uns meses se passaram e resolvi finalmente fazer a tal da cirurgia.

Voltei ao consultório dele e tirei três dos sisos pois um deles está realmente perigoso de mexer, melhor deixá-lo quietinho. Confesso que pensando melhor agora, eu tiraria somente o que estava me incomodando. Os dentistas argumentam que se o dente não serve para mastigar deve ser eliminado, mas olha, a dor não vale nada a pena, viu?

Na minha cabeça fantasiosa, ele ia pingar alguma formulinha mágica pra amolecer o dente e ele ia sair fácil como o de uma criança. Ledo engano. Ele fez tanta, mas tanta força que eu quase saí correndo de desespero! Levei até bronca dele! Além disso, disse que meus dentes eram imensos e eu entendi que isso tornou tudo mais difícil, vai saber.

Bom, o que importa é que eu sobrevivi e estou à base de líquidos até a vida melhorar. Sopinhas, iogurtes, sorvetes e docinhos, até que não está tão ruim!

Boa sorte para a próxima vítima!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010 - por Thiago

Trip pra Boston - Dia 1

Muito bem. Depois de um dia de viagem e descanso, saímos cedo para a nossa aventura pela cidade, e já começamos tão bem que antes mesmo de chegar na estação do metrô já estávamos perdidos pelos bairros da cidade, mas eu prometo que não foi culpa minha... foi o Sr. Google que me apontou o número errado na rua certa. Enfim, depois de muito caminhar chegamos na estação e para a nossa surpresa o trem era uma coisinha simpática igual esta ao lado. Ficamos bem assustados, e mais ainda quando descobrimos que não existem máquinas de tickets em todas as estações e acabamos tendo que comprar o que o condutor do trenzinho conseguia nos arrumar.

Chegando no centro de Boston, começamos a programação do dia, que seria basicamente a Freedom Trail, que nada mais é que um guia turístico encravado nas ruas da cidade. Como vocês notaram na fotinho, esses trilhos vermelhos vão te mostrando o caminho por onde ir, e enquanto andamos, vamos descobrindo os pontos históricos que fizeram parte da história da independência americana. Passamos por igrejas, cemitérios (afff... terrível...), museus e outros lugares históricos bem bonitos de se ver. Os vídeos abaixo mostram um pouco da coisa toda.


O final da Freedom Trail é na Constitution Plaze, lugar onde está localizado o USS Constitution, que foi o primeiro navio de guerra americano. Os caras sabem como colocar o circo pra pegar fogo fazer guerra e para eles é um orgulho possuir tantos monumentos relacionados a isso. É importante mencionar aqui que nunca visitei NENHUMA cidade americana que não tivesse consideráveis monumentos à guerra e à seus soldados (e modéstia à parte, eu já estou até que bem viajado pelo menos pela costa leste dos Estados Unidos). Nada mais justo para um país que vive tanto essa realidade, mas acho que isso vai ser tema de uma post separado, quem sabe um dia.

Para terminar nosso passeio, fomos visitar a Harvard University, que pelo o que dizem as más línguas, é a maior (do verbo "melhor") universidade do mundo. É engraçado como a gente fantasia coisas durante a nossa vida, e eu sempre achei que quando eu entrasse nesse lugar eu ia sentir algum calafrio mágico pela quantidade de conhecimento pairando pelo ar. Das duas, uma: ou eu estou ficando muito burrão mesmo (MBA? Oi?) ou é verdade que estar ali não foi tudo isso pra mim, a não ser pela beleza e simplicidade do lugar, que para mim realmente caracterizam uma instituição de ensino séria. A minha esposinha, contudo, amou o lugar e queria ficar tirando foto de cada cantinho. Turistas, bah!

Depois de tanto andar, eu só pensava em ir para o hotel descansar as minhas velhas pernas, pois eu sabia que no dia seguinte teríamos mais um tantão para caminhar.

(continua...)

quarta-feira, 8 de setembro de 2010 - por Thiago

Trip pra Boston - Dia 0


Ver o mapa em versão maior

Nem é tanta coisa assim pra comentar nesta nossa última viagem de férias para Boston, mas mesmo assim resolvi começar pelo dia 0, que é o que tem menos fotos (para falar a verdade, nenhuma foto hehehe) mas pelo menos tem esse mapa bonitão aí em cima para vocês terem uma idéia de como foi a nossa rota.

Saímos de Montreal na sexta-feira bem cedinho, pois tirei o dia de folga (yes! Eu amo Montreal!!). No meio da viagem paramos em Manchester, New Hampshire, para almoçarmos, e adivinhem qual foi o local escolhido? Quem respondeu Olive Garden, acertou!! Eita comidinha boa e farta, viu? Merece muito.

Depois de devidamente alimentados (nós e o Derby), fomos direto para o nosso destino, que era nosso hotel em Boston, ou melhor, Newton, uma cidade bem perto do fervo, na grande Boston. O hotel fica em cima da rodovia, como vocês podem ver nesta foto ao lado, então vocês já conseguiram imaginar a emoção que era ficar ouvindo o trânsito e o metrô em baixo de nossos pés durante todo o tempo. Muito louco né?

O furacão Earl estava passando pela costa Massachusetts neste mesmo dia, trazendo muito vento e chuva, então por conta disso nem saímos do hotel. Mas foi até melhor assim, pois o dia seguinte pediu muito de nossas pernas.

(continua...)

domingo, 29 de agosto de 2010 - por Mirian

Volta às aulas

Depois de receber uma ameaça de ter meu nome excluído do blog após mais de seis meses de ausência, resolvi garantir meu lugarzinho e explicar porque sumi.

Pois é, quem vê pensa que eu nem sofri pra terminar meu bacharelado, mas cá estou, voltando aos estudos depois de um ano e quatro meses de folga. Nesta semana começo meu mestrado em Ensino de Segunda Língua na McGill. Se eu desaparecer novamente, não se assustem, estarei bem ocupada estudando e envolvida em burocracias acadêmicas que vocês já conhecem.

Além da preparação para o projeto mestrado, o verão foi bem intenso, não apenas com a visita do amigo Fabrício e da sogrinha Bel, mas também da mamãe - Teresinha, e do papai - Ademir.

Minha mãe ficou mais ou menos um mês por aqui e foi compartilhada pela irmã Natália. Fizemos muitos passeios, não tivemos dó nenhuma, mesmo quando ela queria ficar descansando, nós insistimos em ir pra rua bater perna. Minha irmã então...fez a pobrezinha andar de bicicleta até ficar exausta! Além de Montreal e região, ela também se divertiu por uma semana em Nova Iorque. Acho que vai querer ficar um bom tempo sem viajar!

Ela já conhecia nossa cidade, mas fez tudo de novo por aqui e foi pro mato também: Mont-Tremblant, Îles-de-Boucherville, Oka, Îles-aux-Hérons, Arboretum Morgan. Fico impressionada com tanta coisa bonita que tem pra ver tão pertinho da gente!

Meu pai ficou apenas uma semana, mas imagine a diversão: sogra, mãe e pai juntos! Pareciam três adolescentes aprontando por aí. Ele também já tinha vindo várias vezes, mas também não foi poupado. Dá-lhe andar à pé e de bicicleta, sem piedade!

Aí está ele, todo faceiro no Palais de Congrès. Viu uma noiva tirando foto perto do teto espelhado e não quis ficar pra trás! Está com uma cara meio brava pois tinha visto o Brasil ser eliminado da Copa pela manhã, tadinho!

O verão não foi só férias, o que me deixou mais cansada foi meu super emprego temporário no Cirque du Soleil. Aqui vai uma foto minha trabalhando:

Quem me dera! Na verdade eu era préposée à la vente de produits alimentaires, chique, né? Mas na verdade eu vendia comidas e bebidas super saudáveis a um precinho bem camarada, como vocês devem imaginar!

Não estou com essa bola toda pra ser circense, mas se você quiser ver um artista brasileiro (o único) no espetáculo Totem, prestigie o simpático catarinense Fábio (não sei seu sobrenome) e os demais, com essa fantasia aí no primeiro número do show, que é maravilhoso, pelo menos pra mim, que não vi muitos outros.

A notícia mais quentinha é que minha irmã Natália, única família que eu tinha aqui em Montreal, se foi pra Europa por dois anos, também para fazer um mestrado! Estou triste e feliz, né? Espero que ela aproveite muito, que eu possa ir visitá-la e que ela volte logo! Até chorei de emoção, faz parte! Já me acostumei a ter a família espalhada por aí!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010 - por Thiago

Brasil em uma semana

Da última vez tinha ficado só dois dias e meio, mas agora dei uma turbinada nas minhas férias brasileiras e fiquei por lá uma semana. Na verdade, a dinâmica das duas estadias foi praticamente a mesma - fiquei muito mais concentrado em PESSOAS do que em COISAS, e eu, pessoalmente, acredito que isso seja o melhor, pois é só no Brasil que eu vejo as pessoas que fizeram de mim aquilo que sou hoje, e para mim é uma honra e uma benção dedicar tempo para estar com elas, mesmo que este tempo seja escasso.

(Fim do desabafo, vamos voltar ao assunto do post propriamente dito)

Saí de Montreal na segunda-feira dia 9 de agosto, passei o Miami e cheguei em São Paulo dia 10, bem cedinho. Papai e mamãe estavam lá para me buscar. Chegando em casa, ainda passei no trabalho da sister para vê-la e desejar feliz aniversário (cheguei no dia do niver dela), e querem saber da maior? ELA NEM CHOROU!! Eu acho que isso é um senho avanço, ou então eu não estou fazendo mas tanta falta assim... hehehehehehehe

Fizemos um tour rápido pelos vizinhos e com minha vovó Laurinha na terça e na quarta passei o dia todo com o pessoal do meu antigo trabalho do Brasil (a auditoria da empresa me impede de mencionar seu nome neste blog, me desculpem). Só de passar na mesa de cada um que eu conhecia, já fiquei a tarde toda, e sempre tem um uns ou outros que são mais do coração e que merecem mais atenção né? Gostei muito de reencontrá-los e ver que, entre mortos e feridos, estão todos bem.



Na quinta-feira fui conhecer o tão famoso sítio do Sr. Osmar em Quadra, interior de São Paulo. O sítio é uma belezinha e mesmo ficando só um dia por lá consegui comer e dormir bastante. A horta que meu pai montou é imensa e tem todo tipo de frutas, verduras e legumes que você possa imaginar. Tá nota 10 mesmo. Muito provavelmente na próxima vez que eu pintar por lá vou poder tomar banho de piscina. Chique né?

Sexta-feira de noite fui para o ensaio do louvor da nova igreja adventista de Vila Olímpia, e é claro que já fui escalado para o louvor no sábado né? Eu que não sou de negar essas coisas aceitei e sabadão de manhã fizemos o louvor por lá. Foi legal rever os amigos e saber que existem projetos animadores na igreja em São Paulo. Oro e espero que tudo continue indo bem para eles. De noite ainda vi mais amigos, agora na igreja de Pinheiros, mas nem consegui bater muito papo com eles porque estava rolando a festinha da minha irmã e tive que ir correndo para lá, ver mais parentes e amigos que ainda não tinha visto. É difícil ser o centro das atenções, mas acho que consegui falar com todos.

Domingo fui assitir a uma partida de futebol do sub-15 do Corinthians, com o meu primo João Marcos jogando. O cara tá jogando muita bola e eu fiquei muito contente de ver o empenho dele (e de toda a família, inclusive eu, gritando o jogo todo) neste projeto. De noite fui matar a saudade dos Morcegos, mas quase não patinamos pois todos queriam mais bater papo e saber das novidades. Não posso reclamar né? E ainda conhecendo novos Morcegos muito legais e acabamos a noite na Fabriquinha de Salgados, que está reformada e toda bonitona. Aprovada.

Depois disso, já começamos o clima de despedida, e aí fiquei total com a minha family, aproveitando os últimos momentos. A hora da despedida é sempre bem chata, mas faz parte da vida que a gente escolheu né? Vamos tocando a boiada da melhor maneira possível.

Não tenho a menor idéia de quando vou voltar ao Brasil agora, mas desde já peço desculpas a todos que ainda não conseguiram me ver. Espero poder ver ainda mais gente querida da próxima vez que estiver na terrinha.

Salut!

segunda-feira, 26 de julho de 2010 - por Thiago

3x Ottawa

Eu não sou, nunca fui e nunca serei guia turístico profissional. Eu estou bem contente na área de informática e por enquanto quero continuar assim, fazendo meus programinhas (no bom sentido, claro), mas eu acho que, como amador, estou entrando nessa lance do Rafa Nacif de ser guia turístico, e com extensa experiência em passeios pelo Quebec e arredores. E quando menciono "arredores", nesse caso estou falando principalmente de Ottawa, a capital do Canadá.

A primeira vez que estive lá esse ano foi em maio, quando meu amigo Fabrício esteve me visitando em Montreal. Pegamos um domingo ensolarado e fomos para lá visitar as colinas do parlamento do Canadá, a Aranha-mãe, o museu das civilizações e etc. Quando minha mamãe (e sogrinha e sogrinho...) esteve aqui em junho/julho, pegamos um domingo de sol e fomos para Ottawa novamente, visitar as colinas do parlamento, a Aranha-mãe, o museu das civilizações e etc. Neste último domingo, de sol, fui com a Marilyn e com o Daniel para Ottawa novamente, visitar as colinas do parlamento, a Aranha-mãe, o museu das civilizações e etc. Parece que eu mandei um Ctrl+C, Ctrl+V nas três últimas frases né? Pior que você acertou hehehe.

Mas para mim, não foi esse tédio que vocês estão imaginando. Eu sou um apaixonado pelo Canadá e não me canso (pelo menos não mentalmente) de passear pelos mesmos lugares uma vez após outra. A cada vez que fui, aprendi alguma coisa nova nas visitas guiadas dentro do parlamento, aprimorei os roteiros para passeios dentro da cidade, aprendi a lidar com imprevistos durante o trajeto sem comprometer muito o passeio principal, e o melhor de tudo, encontrei maneiras de aproveitar ao máximo as coisas mais bonitas da cidade e terminar o dia contente, mesmo que cansadão.

Juntando com as duas vezes que fui para lá no ano passado, agora já estou com cinco visitas à Ottawa em um período de aproximadamente um ano, e ainda me falta visitar a cidade durante o outono e inverno, que possuem seus espetáculos particulares, a saber, a queda das folhas e a patinação no gelo no canal Rideau, respectivamente. A passeio durante o inverno está praticamente garantido, pois estou juntando a galera que gosta de patinar para irmos para lá um dia experimentarmos a maior pista de patinação do mundo. Daqui alguns meses, postarei a respeito.

Bem, só posso dizer que, caso você esteja querendo fazer uma visita profissional em Ottawa, entre em contato com nosso amigo Rafa Nacif, mas se quiser só dar uma passeadinha por lá e dar umas risadas, pode me chamar. Existe uma chance remota de eu aceitar ir lá pra Ottawa, mais uma vez, com você :-))

Salut!

quinta-feira, 8 de julho de 2010 - por Thiago

Mamãe Bel

Ou Mamãe Bell, como ela gostou de ser chamada por aqui, tal era a quantidade de referências a ela por causa da empresa de telefonia daqui. Mas tudo isso pra dizer que a minha mãezinha veio, viu, gostou, tomou sorteve, gostou mais ainda, passeou pra caramba, tomou mais sorvete, tirou muitas fotos, gostou mais um pouquinho, tomou mais um sorvetinho, e quando fomos nos dar conta, já tinha se passado um mês e ela voltou pra casa brasileira dela, e digo isso porque SIM, agora minha mammys tem uma casinha canadense para vir sempre que quiser.

Mas o mês não foi assim também tão rápido assim. Eu, que modéstia a parte sou um guia turístico cicerone bem razoável, fiz minha mãe andar por Montreal de ponta a ponta, em cada cantinho que havia de bonito para conhecer. E não é que a danadinha tava toda animada e cansava muito depois que eu já tinha pedido pinico chegado a exaustão física? Mesmo com o Sol forte, cada ponto principal da cidade foi cuidadosamente visitado pela dona Belzinha, que não perdia a oportunidade de posar para fotos e clicar as paisagens, para registro posterior e em benefício das muitas histórias que ela vai ter para contar para todo mundo.

Para mim, pessoalmente, essa sensação de ter a mãe por perto é uma coisa que beira o indescritível. Na correria da vida, a gente acaba esquecendo um pouco da distância que a vida de um imigrante impõe a ele mesmo e seus familiares, mas quando esses encontros ocorrem, e em tão boas condições como esse, a reflexão é muito grande sobre se deveríamos ou não ficar sempre juntos. Quando a ficha cai, a gente entende que a vida é muito mais difícil que isso, e que as decisões tomadas são coisa séria, e que não podem ser desistidas assim por coisa de momento. Ainda bem que agora a porta ficou aberta para novos encontros, que se antes só ocorriam no Brasil, agora com certeza ocorrerão com mais frequência aqui pela América do Norte.

Saldo final: positivo demais. Eu não tenho palavras pra escrever a minha satisfação, e acho que mesmo que tivesse não as colocaria aqui, porque se eu ficar lembrando muito começo a chorar e aí fica aquele papelão que vocês já conhecem, mas saibam que ter a mãe da gente perto da gente é uma das sensações mais agradáveis que uma pessoa pode ter. Aproveitem de suas mamães o máximo que puderem. Por favor, sigam este meu conselho, se nenhum outro servir.

Salut!

terça-feira, 22 de junho de 2010 - por Thiago

Pra frente Brasil!


Copa do mundo é uma época diferente. Todo mundo falando de futebol, trocando figurinhas, assitindo a reprises de copas passadas, discutindo e criticando o coitado do Dunga, pintando e enfeitando as ruas, saindo do trabalho mais cedo para assistir a seleção canarinho jogar... uma festa só, não e mesmo?

É... só se for para você! Aqui no Canadá, a vida continua como sempre, com algumas pequenas alterações aqui e ali, que se você não prestar muita atenção, nem nota. Uma das mais evidentes é que, como aqui existem muitas comunidades culturais, você não vê só a bandeira de um país pelas ruas. Muito pelo contrário! As 32 seleções do mundial estão representadas nos carros, nas camisetas, nas janelas e nos restaurantes da cidade. E durante o jogo de cada país, os restaurantes típicos se enchem de torcedores. É claro que o Brasil não está de fora dessa farra!!

Mas nem tudo são flores. Começo por dizer que durante os jogos do Brasil nos dias úteis, eu estou trabalhando muito bem, obrigado. Com um pouco de esforço e sorte consegui uma permissão para assistir pela internet, no canal online especial da Copa da CBC. Mas nem pensar em parar tudo o que estou fazendo para assistir ao jogo... tenho que ficar com um olho no peixe, e outro olho no gato. A Mirian está ainda com menos sorte que eu, já que neste verão ela está trabalhando no Cirque du Soleil, e lá tem expediente até aos domingos (no sábado, a gente descansa). Mas beleza né? Quem mandou mudar de país? Agora tem que dançar a dança dos caras... paciência.

Pelo menos nos finais de semana, a gente junta a brasileirada toda para torcer junto pelo Brasil. Domingo passado o jogo contra a Costa do Marfim foi bem animado na casa de um de nossos amigos, com direito a arroz e feijão, vuvuzelas e uma narração da partida no melhor inglês britânico que os canadenses conseguiram arrumar. Coisa de doido né? Mas pelo menos ficamos mais livres para pensar durante as jogadas. #CalaBocaGalvao

[desabafo] Eu quero deixar bem claro aqui que dou meu total apoio ao Dunga, da mesmo forma que sempre apoiei os técnicos da seleção. É fácil falar, e brasileiro não torce, EXIGE. Vamos deixar o homem trabalhar em paz ok? [/desabafo]

Agora esperamos que esse sacrifício todo valha a pena e possamos sair da África com a taça nas mãos. PRA FRENTE, BRASIL!!

Salut!

ps- devido a eternidade que eu passei para atualizar essa bagunça aqui, acho que muito do que ocorreu neste meio termo vai ficar por isso mesmo... sem relato. Quem sabe, eu jogue uma coisa aqui, outra ali, mas tentar correr atrás do prejuízo só me faria postegar ainda mais o meu retorno. Foi mal galera...


quinta-feira, 6 de maio de 2010 - por Thiago

Apartamento para alugar em Montreal

Nem internet eu tenho na minha casa, mas segue o anúncio do meu apartamento antigo para locação imediata até 31 de agosto, com possibilidade de renovação por mais um ano:

  1. 3 e meio (quarto, sala, cozinha e banheiro) bem espaçoso;
  2. Aquecimento e água quente incluídos;
  3. Em frente a porta do estádio olímpico e do metrô Pie-IX;
  4. 1o andar;
  5. Eletricidade inclusa até 31 de agosto;
  6. Perto do Parc Maisonneuve, Jardim Botânico, Super C, CÉGEP Maisonneuve, Marché Maisonneuve, Cinema StarCité, Biodôme, Merchado Super C e Parque Olímpico;
  7. Fogão e geladeira inclusos;
  8. 650 dólares por mês

Algumas fotos:



Se você estiver interessado, entre em contato comigo. Se você conhecer alguém interessado, entre em contato comigo (514-578-9133 e 514-655-6865) também. Quanto mais cedo, melhor!
Salut!
ps- Faz tempo que não mando novidades. Quando a internet voltar em casa, vou atualizar TUDO. Promessa feita.


segunda-feira, 8 de março de 2010 - por Thiago

Imposto de renda = Dinheiro relâmpago

Aqui no Canadá, todo mundo tem que declarar o seu imposto de renda, mesmo aqueles que estão desempregados. Para os residentes do Quebec, precisa-se fazer duas declarações - uma para o país e outra para a província - que são entregues separadamente. As declarações precisam ser enviadas até o dia 30 de abril, mas os comprovantes que você precisa para completar as declarações podem ser enviados para você até o dia 28 de fevereiro, para que você tenha tempo de recebê-los e mencioná-los adequadamente.


Bem, eu não sabia qual era a data limite para o envio, então quando achei que já tinha recebido todos os meus comprovantes, eu enviei as minhas declarações. Entre os meus comprovantes estavam:
  • Recibos de pagamento das empresas nas quais trabalhei em 2009;
  • Comprovantes de estudos escolares da Mirian (que são reembolsados aqui, mesmo se ela não tiver pago nada!)
  • Comprovantes de utilização de transporte público;
  • Comprovantes de doações à instituições credenciadas (até as ofertas da igreja contam, se forem contabilizadas).
Mas mal sabia eu que ainda tinham alguns comprovantes para chegar, e que chegaram na primeira semana de março:
  • Comprovante das minhas contribuições para o organismo de caridade da minha empresa;
  • Meu recibo de aluguel pago em 2009;
  • Meu recibo de seguro-desemprego recebido em 2009.
Wow! O que fazer agora que eu já tinha enviado as declarações, no final de fevereiro? Achei melhor deixar as coisas como estavam e se eu tivesse que corrigir alguma coisa, eles me mencionariam o fato em data posterior.

E é aí que está o pulo do gato! Eu achei que essa data posterior seria beeeeeem posterior, mas não é que, passados nem dez dias de março, eu já recebo a resposta do governo? E com a restituição entregue no envelope!

Isso mesmo meu queridos! A restituição já chegou no formato de um cheque todo bonitão (igual esse da imagem aí em cima), e o mais impressionante de tudo é que junto com o chqeuinho, veio uma carta mencionando os valores que eu esqueci de declarar e que acabaram por alterar o valor final do meu imposto.

Não é sensacional? Pois é, eu também achei.

Salut!

obs- Eu preferi não mencionar o valor, mas saibam que o valor da minha restituição é MUITO MAIOR que a desse rapaz da imagem acima... coitadinho dele... :-)
obs2- Feliz dia das mulheres, mulherada! Vocês merecem um dia e muito mais!

sábado, 27 de fevereiro de 2010 - por Thiago

Como fazer o seu iglu?

Antes de mais nada, arrume alguns amigos disponíveis (Lineker, Keila, Thiago Spalato e Evelyn) mais um amigo bem desocupado para ter a idéia e juntar os requisitos (Dadá) para começarem a construção enquanto você chega do trabalho. Pronto? Agora vamos aos materiais necessários:
  1. Neve, mas MUITA NEVE para construir o iglu. Dê preferência para alguma praça pública onde o serviço de déneigement não passe, pois esse ingrediente é usado em abundância;
  2. Formas para tijolos, e caso você não tenha comprado o seu super kit de formas de tijolos para iglu, pode subtituir por caixas de arrumar brinquedos de algum amiguinho bem legal (Iglack);
  3. Pás especiais para remoção de gelo (nesse caso para ajuntá-los), pás de remoção de gelo de carro (para construir os blocos), e até pazinhas de lixo (para o reboque, também de gelo);
  4. Roupas especiais de neve, porque a neve insiste em querer entrar por todos os vão livres de sua roupa, te deixando gelado e com vontade de ir pra casa, mas essa NÃO É uma opção;
  5. Chocolate quente, oferecido por alguma patrocinadora caridosa (Keiko) para o bom andamento energético do projeto. Não é fácil ficar 7 horas no frio montando o iglu, e um momento de nutrição é mais do que muito importante.
Comece por montar muitos blocos de gelo e colocá-los lado a lado formando um circulo não muito grande no chão. Quando o círculo estiver pronto, comece o próximo lance de blocos de gelo, tomando o cuidado de deixá-los um poucos mais inclinados para dentro, pois de outra forma o seu iglu não vai fechar nunca.

Enquanto você monta os blocos, vários espaços vão se formar no iglu, devido a inclinação e angulação dos blocos. Neste caso é fundamental dois da equipe montarem uma frente de reboque, que nada mais é que preencher estes espaços com neve para dar liga no gelo e gerar mais pontos de contato entre os blocos, impedindo que eles comecem a cair. É muito importante que um da equipe fique dentro o tempo todo pois em um dado momento ele não mais poderá sair do iglu até que a porta seja feita. Esta é a parte mais estratégica da construção, então atente para seu sucesso.

Quando o iglu estiver com mais de um metro e meio de altura, já podemos começar a preparar a porta, que deve ser feita com muito cuidado. Comece por desenhá-la na parede a favor do vento, para que este não entre no iglu. O desenho precisa ser arredondado na parte superior, para que ele tenha sustentação do gelo ao redor. Feito o desenho comece a escavar com muito cuidado para não destruir as paredes. A escavação tem que ser feitas por camadas para que a porta vá sendo feita de maneira uniforme. Quando o outro lado for encontrado, comece a reforçar as bordas, dando força à estrutura.

Com o crescimento do iglu, é importante que não se perca de vista a inclinação cada vez maior dos blocos, sempre tomando muito cuidado em fechar todos os espaços, como previamente mencionado. A parte final é a mais difícil, pois os blocos terão que ser colocados já em posição completamente vertical, mas não se preocupe, pois se a sua estrutura inicial está forte, os blocos finais vão ficar lá, bem firmes.

Com tudo terminado, você pode até arriscar umas janelas, seguindo o mesmo princípio da contrução das portas. Você pode dar um nome para o seu iglu também se quiser, mas não vale usar "Iglu Nº 1", porque este nome já foi usado, ok?


Fácil né? Nada como sete horinhas de trabalho para deixar tudo nos trinques. Se o tempo ajudar, ele dura vários dias, e você pode até subir em cima dele (de verdade, lá no teto) e ele não vai ceder!!! ;-)

Salut!

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails