sexta-feira, 24 de agosto de 2012 - por Thiago

Trip pro Oriente Médio - Israel (parte 4)

Para quem já acompanhou todos os passos dessa aventura até aqui, meus mais sinceros parabéns! Mas se esse ainda não é o seu caso, veja o que rolou dessa viagem até agora no Egito, no Sinai e na Jordânia.

Um oásis no deserto
Ao chegarmos à Israel, sãos e salvos, fomos para o hotel Daniel, no mar Morto. Eu acho importante mencionar o hotel aqui porque este realmente foi o melhor hotel de todos. Comida da melhor qualidade (e a boca já encheu de água novamente), instalações belíssimas e confortáveis, spa com piscinas de todos os tipos e até festas temáticas todas as noites para os hóspedes. O negócio é realmente excelente e eu agradeço de termos ficado lá no nosso único dia livre de toda a viagem. Recomendo fortemente para todo mundo que quiser passar momentos de tranquilidade e alegria.

Tou boiando...
Mas junto com esses momentos de tranquilidade e alegria, prepare-se para o calor. A temperatura estava bem perto do realmente desagradável. Também pudera, no mar morto estamos a 425 metros ABAIXO do nível do mar, então você já consegue imagina como a pressão atmosférica enlouquece a gente naquele lugar. A água do mar Morto é outro capítulo à parte. Começa que estava quente, foi um sacrifício conseguir entrar. Aí quando você cria coragem e entra, não dá pra nadar, só boiar, devido aos altíssimos níveis de sal! E qualquer cortezinho que você tiver arde que é uma beleza. Claro que a clássica foto lendo o jornal enquanto bóia não podia ficar de fora. Olha ela aí ;-)

Sol rachando na cabeça.
Depois de nossas merecidas folgas no mar Morto, fomos à Massada, um local onde havia uma cidadela construída pelo mesmo Herodes na época em que Jesus nasceu. A cidade era em cima do monte, para proteção de ataques. Num determinado momento, eles foram sitiados por romanos e não tinham esperança de vitória, como não queriam virar escravos, mataram uns aos outros e queimaram a comida pra saberem que eles não tinham morrido de desnutrição e pros romanos não usarem os suprimentos deles. Sobrou uma meia dúzia pra contar essa história toda. Lá em cima da fortaleza tinha até um rabino copiando a bíblia (!!) Depois, fomos à Qumran, onde descobriram os manuscritos do Mar Morto, os textos bíblicos mais antigos já encontrados, e outros mais antigos. Depois fomos ao rio Jordão, e duas pessoas do nosso grupo foram batizadas. O local foi todo preparado para esse tipo de evento, e tudo fica bem organizado e bonito.

 
A benção do shalom aleichen
 
Mirian e Thiago no barquinho...
No dia seguinte, fizemos um passeio de barco no mar da Galiléia, onde fizemos um dancinha típica judaica dentro do barco e tudo, fomos ao Monte das bem-aventuranças, à Corazim, que não é um lugar muito turístico, mas é onde podemos ver como era uma casa da época de Jesus, e à Cafarnaum, onde Jesus curou a mulher com fluxo de sangue e ressuscitou a filha de Jairo. Vimos a possível casa de Pedro por baixo de uma igreja, que tem um vidro no chão pra poder ver a construção. E neste momento é preciso deixar bem claro que o calor de Cafarnaum foi o MAIOR CALOR DA MINHA EXISTÊNCIA. 52 graus de puro enlouquecimento, e eu espero nunca mais passar por um perrengue nesses na minha vida. Na próxima vez, vamos no inverno. No final do dia, fomos ao Monte do Precipício, de onde tentaram derrubar Jesus.

 
Hey, hey... hey, hey, hey!
 
Não tinha corrida de bigas no dia.
No dia seguinte fomos no sítio arqueológico de Megido (aquele do Armagedom), que é um sítio arqueológico interessantíssimo pois era um vale que acabou virando montanha, de tantas construções que foram feitas umas por cima das outras. São 26 camadas! Fomos também ao monte Carmelo, onde o profeta Elias desafiou 450 profetas de Baal. Visitamos também Cesaréia marítima, uma cidade à beira do mar Mediterrâneo construída por Herodes, o Grande. Vimos um aqueduto, um teatro, um hipódromo e outras construções preservadas da época. Paulo saiu desta cidade para Roma, e morrou por lá.


Tim tim!
No fim do dia, chegamos à Jerusalém. Nos deram um pequeno cálice de madeira, encheram com suco de uva e pediram pra gente repetir umas palavras em hebraico, que  selam a cerimônia de nossa entrada em Jerusalém, que é a cidade sagrada para o cristianismo (com ressalvas... para mim não é sagrada coisa nenhuma...), para o judaísmo e para o islamismo. Chegamos a nossa última parte dessa viagem quente e divertida!

(continua...)

terça-feira, 21 de agosto de 2012 - por Thiago

Trip pro Oriente Médio - Jordânia (parte 3)

Beleza! Depois de dias bem agitados no Egito (não viu ainda? Veja a parte 1 e a parte 2) chegamos ao quarto país mais pobre em água do mundo: a Jordânia!

O nosso guia abriu o jogo...
O guia da Jordânia foi muito gente boa. A mãe e a esposa dele são brasileiras, mas ele é jordaniano e foi estudar no Brasil um tempo. Entre várias coisas cabuludas interessantíssimas que ele contou sobre o país (e outras que ele até tentou contar, mas foi impedido pela galera do ônibus... tsc tsc tsc...), ficamos sabendo que a economia deles se baseia em indústria de roupa, turismo, ajuda da ONU, dinheiro enviado por jordanianos no exterior e por úlltimo, a agricultura, porque água lá é coisa que só aparece de vez em quando. Ele contou também muitas coisas sobre o islamismo, como o fato dos homens poderem ter até 4 mulheres e também como se uma pessoa que sai do islamismo ou uma mulher que engravida solteira correm o sério risco serem condenadas à morte. Vai brincando com os caras, vai...

Tinha pedra até não poder mais.
Depois de [mais ou menos] refeitos da jornada dos dias anteriores, fizemos um passeio por Petra, uma cidade esculpida não com pedras, mas DENTRO DAS pedras. O calor estava bem de matar, mas na maior parte do passeio as próprias pedras de Petra nos faziam sombra, e isso fez TODA A DIFERENÇA no aproveitamento geral do passeio. É bem espetacular ver aquele monte de pedras que foram cavadas em casas, escadas, túmulos e também naquele santuário todo bonitão que virou até uma das maravilhas do mundo moderno. O passeio que fizemos durou por volta de duas horas, mas se você quiser andar por tudo que tem por lá para ver, dá pra ficar umas 5 ou 6 horas facinho vendo a cidade toda. Valeu a pena total ter passado por lá.

"Firme nas promessas?"
Cidade que Esbom, nada.
Depois seguimos para a capital, Amã e ficamos em um hotel bem do legalzão, no que eu chutei ser uma parte nobre da cidade. Fizemos um tour pela capital, pela cidadela da cidade e passamos em um sítio arqueológico da Universidade Adventista Andrews que se chama Tal Hesban. O pessoal da universidade que trabalhava por lá desconfiava que ali era um local bíblico chamado Esbom, mas descobriram, depois de muito cavar, que realmente tinha muita coisa interessante ali, mas nada de Esbom. Agora a Universidade Adventista La Sierra faz escavações lá, e a Andrews está escavando em um outro local, que se chama Tal Jalul. Quem sabe agora Esbom aparece.

Casas coloridas e organizadas.
Comentário pontual, mas muito pertinente a essa altura do campeonato: A Jordânia, apesar de pobre e sem quase nenhum recurso hídrico descente, é incrivelmente melhor do que os lugares que passamos no Egito. Anos luz! Tem um lado mais pobre, que não é tão mal assim, e um lado mais rico, que tem muitas embaixadas e é muito bonito. Pelo visto o rei Abdullah II está fazendo um bom trabalho por lá, mesmo com todas as adversidades.

É pra lá, ó!
Já rumando para o fim da nossa estadia na Jordânia, passamos no monte Nebo, ondetivemos a visão de toda a divisa com Israel, exatamente como Moisés teve, antes de morrer ali mesmo. Almoçamos uma comida típica do país chamada Mansaf, que é um pratão de arroz, pão chato, carne de carneiro, amêndoa frita e um molho de leite de ovelha. Apesar do calor e do peso que isso tudo faz no estômago da gente, o prato estava uma delícia e ainda melhor depois que descobrimos esse molho de leite de ovelha para jogar por cima da coisa toda. Sensacional, e só de pensar já está me dando água na boca...

Passamos enfim, e novamente, pela fronteira de Israel, e dessa vez para ficar. Veremos o que esse país nos aguarda na sequência.

(continua...)

sexta-feira, 17 de agosto de 2012 - por Thiago

Trip pro Oriente Médio - Egito (parte 2)

Depois de um primeiro dia bem movimentado no Egito, vamos lá para a segunda e última parte neste país tão, como poderia dizer... peculiar:

Fechada pra balanço.
Acordamos cedo e fomos para as ruínas de Saqara, no deserto do Saara. Olhando de um lado era verdinho, com tamareiras e do outro amarelo com o deserto. Depois fomos a Menfis, primeira capital, onde tinha estátuas expostas no mesmo local onde foram encontradas. Este local era mais distante da cidade, então tivemos uma idéia melhor da vegetação e contexto antigos. Deu pra imaginar melhor a vida deles na época dos faraós.

25 de março do Egito
Passamos pela cidade dos mortos, que nada mais é, pasmem, um cemitério que foi ocupado pela população e virou meio que uma favela. As pessoas moram junto com os tumulos das pessoas (!!). Fomos depois para a rua do comércio da cidade, que mais parecia um labirinto. Comemos os tradicionais sanduíches de falafel, agora sim com o gosto típico da região. Excelentes! Ao saírmos de lá começamos a viagem em direção ao Sinai. O planejando era chegar lá por volta das 20h, pra subir o monte de madrugada. Mas não rolou.

O deserto é bonito...
Por conta do perigo, tivemos que mudar o caminho várias vezes e acabamos chegando no hotel lá pelas 6 da matina do outro dia! Nós fomos escoltados pela polícia o tempo todo até sair do Egito, aí andávamos pra caramba e a estrada estava fechada, então fazíamos meia volta. Parece que os beduínos são os mais revoltados com o governo, aí eles pegam os turistas, mas não fazem mal às pessoas. Falaram que no dia anterior teve uns americanos liberados por beduínos, então quando tem esse perigo a polícia vai escoltando e eles desaconselham a subida no Sinai, porque os próprios guias são beduínos. O bom foi que o caminho mais longo era mais bonito. Fomos vendo os montes do Sinai o tempo todo e o céu super estrelado. Entre mortos e feridos, até que deu pra tirar umas belas fotos.

O monte não estava tremendo...
De manhã, quando finalmente chegamos no hotel, não pudemos pegar as malas embaixo no ônibus porque íamos ficar ali apenas 2 horas. Tivemos que tomar banho e usar a mesmíssima roupa. Dormimos apenas 1 hora e depois tomamos café. O hotel era bem bonito (apesar da condição dos quartos), mas o sono e moleza eram tão grandes, que acabou que nem tiramos foto dali.Voltamos pro ônibus e paramos aos pés dos montes Horebe e Sinai. Vimos, tiramos fotos, mas não subimos. Fica pra próxima...

Defendendo o quê, eu não sei.
Dali viajamos até a fronteira com Israel. O Egito não faz fronteira com a Jordânia, por isso tivemos que passar por Israel por apenas uns minutos pra chegar até lá. Passamos pela fronteira à pé porque temos que trocar de ônibus, motorista e guia em cada país. Passamos pelo controle de saída do Egito, depois pela entrada de Israel, depois pela entrada da Jordânia. Foi terrível porque estava quente pra dedéu (por volta de 46ºC!!) e nenhum bendito posto de controle tinha nem sombra, nem ventilador, nem ar condicionado. Várias pessoas passaram mal, deu dó da velharada. Finalmente entramos no terceiro ônibus e seguimos para o hotel em Petra, depois de umas 36 horas no ônibus. Finalmente só nos restava, mais do que nunca, dormir como se não houvesse um amanhã.

As aveturas na Jordânia serão nosso próximo tópico!

(conitnua...)

quinta-feira, 16 de agosto de 2012 - por Thiago

Trip pro Oriente Médio - Egito (parte 1)

Olha só quem resolveu aparecer no blog! Sim! O dono dele! :)

Neste verão estivemos visitando o Oriente Médio, é claro que a dinâmica é completamente diferente de quando você decide viajar para a Europa (quer saber mais? Olha aqui Bruxelas, Brugges, Luxemburgo, Paris e Amsterdã), mas mesmo com todas as diferenças, a experiência é fantástica! Vamos comerçar pelo começo, com o Egito, por onde chegamos:


Porque classe econômica é pra iniciante...

Já vimos que o bicho ia pegar...
Já saindo de Montreal e conseguimos ser colocados numa classe econômica melhorada, e farofeiros como somos, já estávamos achando que era a classe executiva... hehehehe. Depois de umas 22 horas voando e passando por conexões, chegamos em Cairo, onde fica difícil saber o que é pior: o calor ou o trânsito. Sério, não há qualquer lei de trânsito naquele lugar. Os motoristas fazem 6 ou 7 filas de carros em uma via que possui 3 ou 4 faixas, buzinam pra caramba, trocam de faixa como loucos, dão luz alta, andam na contramão e não há semáforo! É um caos! Vimos também que a cidade é muito suja. Tem muito lixo e entulho em todo lugar.

Três sorrindo pra foto.
A primeira coisa a visitar, já na manhã seguinte, foram as pirâmides. Elas são bem perto da cidade. Você vê os prédios com as pirâmides no fundo.  Depois fomos dar uma espiada na dona Esfinge. Em todos esses lugares, muito mais que as atrações em si, temos que nos preocupar com o vendedores. Tem MUITOS deles enchendo o saco em todo lugar. Um criança do nosso grupo foi colocada por um egípcio em cima de uma camelo, e para o menino descer de lá (o camelo é bem alto) o pai dele teve que pagar 25 dólares. Pode isso, Arnaldo?

Labirintite passou longe desse aí...
À tarde passamos no museu do Cairo. Vimos umas múmias e possivelmente uma delas era da rainha que tirou Moisés das águas! Também vimos os tesouros de Tutancamon. O museu tem muito material, mas é uma bagunça! No caminho para o museu vimos de longe a praça Tahrir, onde o pessoal está manifestando, ela parece bem pequena se compararmos com o efeito que temos pela televisão. Também vimos um prédio onde eles colocaram fogo, super perto do museu. Já pensou se as múmias queimassem? Afff... De noite ainda fomos para o um cruzeiro no Nilo, que tinha dança do ventre e uma outra dança de um cara que fica girando uns bons 20 minutos SEM PARAR e ainda por cima fica fazendo graça com a fantasia dele enquanto gira...

Depois de um dia cansativo desses, com tanto Sol bagunça e pobreza, só nos restava dormir e torcer para o dia seguinte ser melhor... mal sabíamos nós o que nos aguardava...

(continua...)

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