segunda-feira, 31 de outubro de 2011 - por Thiago

Cidadania progredindo

Estuda não, pra você ver...
Depois de exato um mês e meio do envio da minha aplicação para a cidadania canadense, hoje recebi a minha carta de confirmação de abertura do processo. O tempo de resposta foi dentro do previsto e agora resta torcer para que todo o restante do processo continue dentro do esperado também.

Dentro da carta veio o documento de confirmação oficial que diz quem aplicou para o quê, os critérios de avaliação para obtenção da cidadania e as fontes de contato com o governo para eventuais dúvidas durante o processo. Veio também um pequeno papel com as exigências linguísticas (sem trema mesmo?) necessárias para a aprovação, bem como um guia/manual que deve ser estudado à exaustão para que se esteja apto a responder a todas a perguntas que possivelmente aparecerão durante o famoso teste. É claro que você é quem decide em qual das duas línguas oficiais do Canadá você quer que as coisas se desenrolem.

Para encurtar a história, daqui mais ou menos UM ANO serei chamado para uma entrevista e um teste teórico sobre meus conhecimentos de política, geografia, história e direitos e deveres canadenses. Caso eu não dê nenhum vexame nestes pequeninos testes, terei minha cidadania aprovada, mas todo esse processo ainda vai ser documentado por mim, em um posts lááááááááááááááá no futuro.

E enquanto esperamos, o site oficial do governo já disponibiliza minha situação atual. Olha que bonitinho.


E vamos tocando a vida, sempre com Deus ao lado.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011 - por Thiago

Vamos ocupar tudo!

Nós somos os 99%!!

Foi com esse lema que um montão de gente daqui de Montréal (e arredores) começou uma ocupação pacífica, limpa e organizada na Square Victoria aqui na frente do prédio onde trabalho. O movimento é derivado e inspirado no pessoal do Occupy WallStreet, que está fazendo e acontecendo lá en New York desde o final do mês passado, e aqui ele se chama Occupons Montréal (ou Occupy Montreal mesmo) e segue os mesmos princípios de todas as outras ocupações que estão tomando conta deste nosso planetão de meu deus.

Mas o que estes caras estão reinvindicando, afinal das contas? Bom, a resposta não é tão simples assim e creio que ele me ocuparia uns belos posts, mas como o objetivo deste bloguinho não é este, vamos tentar encurtar a história. De uma forma geral, todos os movimentos de ocupação se baseiam na premissa de que, sendo a minoria de 1% as pessoas que possuem a maioria do capital mundial, é completamente injusto que estes sejam os detentores de poder sobre os resto dos 99% que não possuem tanto assim. O que estes indignados querem é receber o poder de volta para a maioria, como uma verdadeira democracia deve ser.



Quer ir lavar louça um pouco?


É interessantíssimo notar como todo mundo por lá é organizado, gentil e autruísta. Eles possuem banheiros, centro médico, cozinha, gerador de energia elétrica por diesel (e uma tentativa via energia solar) e até um depósito de roupas para o frio que já chegou aqui no Quebec. Mas incrível ainda é ver como o movimento cresceu em duas semanas (eu passei por la nos primeiros dias) mesmo com a temperatura abaixando. Eles estão prontos para resistirem na ocupação até a primeira tempestade de neve, quando acredito que os problemas logísticos estarão acima da capacidade deles de continuarem por lá. Os meios mediáticos e a polícia fazem companhia aos indignados, mas nenhum problema maior foi registrado até agora. Tudo anda na mais perfeita paz.

Só o que me inquieta um pouco, UM POUCO, é a pertinência de ficar acampado para tentar trazer alguma mudança. Eu estou achando que os ricaços estão meio que defecando e andando para essa galera, e aí as coisas não vão chegar onde deveriam. Talvez eu esteja errado e venha a me arrepender de ter escrito isso e tudo o mais, mas não acho válido me colocar dentro de uma barraca no meio do Inverno Outono de Montreal para protestar. Espero mudar de opinião.

Minha esperança está em Deus, e acho que a coisa não vai melhorar, mas temos que fazer a nossa parte por um mundo melhor, e a iniciativa desses ocupantes de Montreal (e do mundo todo) é tirar o chapéu.

À luta, companheiros!

terça-feira, 20 de setembro de 2011 - por Mirian

Novo trabalho

Pois é, comecei um trabalho novo dia 1 de setembro. Na verdade, eu vivo começando trabalhos novos porque meus contratos são sempre curtos, mas este é especial e merece ser citado.

Tudo começou fazendo meu mestrado em ensino de segunda língua na McGill. De vez em quando eles enviam umas vagas de professor de bacharelado para os estudantes de mestrado e doutorado e eu apliquei pra umas 2 ou 3. Quem sabe? Não custava tentar.

Lá fui eu um belo dia conversar com a professora que escolhi para ser minha orientadora - veja que era a primeira vez que em que conversávamos - e ela elogiou minhas notas, minha proposta e disse que tinha ficado sabendo que eu havia mandado meu currículo para uma daquelas vagas. Ela disse "Vou dizer pra fulana que você consegue ensinar o tal curso" UAU!

Estava eu toda feliz esperando um contato da fulana, quando de repente recebo um email oferecendo a vaga. Isso mesmo, sem entrevista nem nada: quer ou não quer? Lógico que eu disse sim!

Houve uma reunião alguns meses antes, escolhi o livro, me encontrei com professoras que já haviam ensinado o curso, recolhi muitas dicas e materiais e comecei dia 1 de setembro.

Devo confessar que ter 70 alunos numa pequena sala para 40 pessoas por 2 semanas não foi nada agradável. A greve de funcionários atrapalhou um pouco, mas finalmente me deram uma sala onde meus alunos cabem. Corrigir provas e mais provas também não é tão legal, mas são ossos do ofício.

Estou ensinando Essentials of English Grammar, para os alunos da pedagogia, os futuros professores de seus filhos, hein? A maioria deles é bem legal, apesar de não muito estudiosos, algo super comum em toda faculdade em que os alunos são folgados ou sobrecarregados, paciência, mas muitos deles são bons, num grupo de 70 tem de tudo.

Minha nova classe de terça-feira

Minha nova classe de quinta-feira

É isso: muito trabalho e muitos desafios, mas no fim, vale a pena!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011 - por Thiago

Foi! Processo de cidadania enviado

Tudo bem reunido dentro de um envelope...
Como o tempo passa né gente? Outro dia mesmo eu estava aqui todo nervosão para enviar os papéis da imigração para o escritório do Québec, e agora estou aqui, todo tranqüilo e calmo para enviar os papéis da cidadania canadense.

"Para enviar" não, pois já foram ENVIADOS (insira seu trocadilho aqui).

Depois de nem tão longos assim 1095 dias passados dentro das fronteiras canadenses, chegou o dia em que pude aplicar oficialmente para me tornar um cidadão deste país que já chamo de meu. O processo está longe de terminar contudo o site do governo estima uns 19 meses a partir da data de recebimento da aplicação para que tudo esteja terminado. Veja bem, eles só ESTIMAM. Não tem como saber se será menos ou mais que isso. Preciso dizer que quero que seja menos?

Os documentos que precisam ser enviados são bem menos trabalhosos do que os processos de imigração do Quebec ou do Canadá, mas mesmo assim todo cuidado é pouco! Já tive que retornar vários documentos não-assinados, faltantes ou incompletos. Vai ser desligado assim lá longe...

Mirianzinha ainda precisa esperar uns 6 meses para poder enviar os dela, pois ela se tornou residente permanente um pouco depois que este que vos escreve.

Para quem está meio perdido precisando de ajuda, a lista dos documentos necessários está aqui.

Divirta-se! :)

terça-feira, 16 de agosto de 2011 - por Thiago

Mínyma Live - Montreal

Você está doido de vontade de ver mais videozinhos da gente por aqui né?

Então a hora é essa! A nossa galera da Igreja Adventista Luso-Brasileira de Montreal está preparando uma programação ao vivo, direto daqui de Montreal, para você pela internet! Dá uma olhada na qualidade do pessoal aqui:


"Sua chamada está sendo encaminhada para a caixa de mensagens..."


E este é o nosso convite oficial:


"Só quem assistir vai entender o que que é!"


Sinceramente, se eu fosse você, não perderia de ver este humilde blogueiro aqui passando o maior carão na frente das câmeras ao vivo apresentando a programação. Já coloque nos seus favoritos o site http://www.minymalive.org.

Nos vemos lá!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011 - por Thiago

Previdência do Brasil no Canadá

M. Harper e Dona Dilma estiveram juntos no Brasil por esses dias, e fora o papelão que o nosso Primeiro Ministro causou, os dois líderes assinaram alguns atos de cooperação entre os dois países. O texto estava escrito desde novembro de 2009, mas agora foi assinado e ainda precisa ser ratificado pelo governo brasileiro para entrar em vigor.

O acordo conta com disposições de cooperação olímpica, tecnológica, previdenciária e de transporte aéreo. Vamos e venhamos que ninguém está muito se preocupando com esse tal acordo olímpico, pois a gente sabe que não vai dar em nada, no final das contas os resultados são difíceis de se medir. Os acordos tecnológicos e de transporte aéreo são até legalzões, mas também são mais focados em mercados específicos. O que sobra pra gente, imigrantes? Claro que a tão sonhada integração da previdência social!

O texto na íntegra está publicado nesta página do Itamaraty, mas já adianto que é bem complicadinho de entender (não estou te chamando de burro, meu leitor, longe de mim, mas o negócio é enrolado mesmo). Vou tentar sintetizar aqui o eu entendi da coisarada toda.

Depois de muito blablabla das cooperações olímpicas e tecnológicas, chegamos na cooperação previdenciária, mas como ela é a mais longa, não está muito longe do topo da página. Descorrendo sobre o ato em si, podemos pular todo o blablabla dos nove primeiros artigos que só chovem no molhado e a partir do artigo 10º vêm o que interessa:
1. Se uma pessoa não for elegível a um benefício por não ter acumulado períodos de cobertura suficientes de acordo com a legislação de uma Parte, a elegibilidade de tal pessoa a tal benefício será determinada pela totalização de tais períodos e daqueles especificados nos parágrafos 2 a 4, desde que os períodos não se sobreponham.
Ou seja, desde que você não queria considerar duas vezes o mesmo período de tempo (o que seria uma puta falta de sacanagem), o benefício pode ser conseguido pelo tempo de contribuição realizado nos dois países. Bonito né?

O acordo também diz que a pessoa terá direito a receber o benefício no seu país de residência no momento do pedido e que toda e qualquer informação conflitante será resolvida de acordo com o entendimento das partes.

Resumo da ópera: essa tal de aposentadoria vai ser liberada entre os dois países, e isso é uma notícia bem bo a para quem já era contribuinte no Brasil antes de imigrar. Vamos torcer para o senado aprovar isso tudo logo pra gente correr para o abraço.

Té mais!

terça-feira, 5 de julho de 2011 - por Mirian

Discriminação em processo seletivo

Você já sofreu algum tipo de discriminação num processo seletivo para trabalhar? Geralmente esse tipo de prática não é muito óbvio. Por ser antiético e contra a lei, quem seleciona vai dar uma desculpa para cobrir o real motivo: discriminação.

Eu achava que aqui havia um esforço maior do que no Brasil para se contratar pessoas de minorias, mas alguns indícios me levam a acreditar que é tudo "pra inglês ver".

No começo do ano uma colega de mestrado que trabalha na Canadian Forces English School me disse para me inscrever pra trabalhar como professora de inglês lá. Quando o processo seletivo abriu, eu me inscrevi e fiquei esperando. Eu já tinha lido que eles dariam preferência para cidadãos canadenses, mas não estava claro que eles nem considerariam os CVs de outros, pelo contrário. Uns dias depois, minha colega, que trabalha na equipe de recrutamento, me disse que o sistema dedectou e eliminou todos os CVs de quem não era cidadão. Eles nem se deram ao trabalho de ler os currículos! Só perdi meu tempo precioso preenchendo páginas e páginas de aplicação.

Um outro caso me surpreendeu hoje. Alguns dias atrás, uma pessoa que trabalha na direção da School of Continuing Studies da McGill me disse que estão recrutando professores de inglês, homens, para dar aula durante 9 meses e meio na Arábia Saudita. Hoje, recebi um email que foi enviado para todos os estudantes do programa do mestrado de Second Language Education da McGill sobre esse processo que dizia o seguinte:

"A universidade McGill se compromete à equidade em recrutamento e diversidade. Aplicações de mulheres (e outras minorias que não vou traduzir aqui) são bem-vindas e podem contribuir para a promoção da diversificação".

Gente, fala sério! Quem eles querem enganar?

Sim, eu entendo se acham que cidadãos são mais fiéis ao exército canadense. Também entendo que a Arábia Saudita não é o melhor lugar do mundo para uma mulher trabalhar e morar. Mas, o que custa deixar as regras do jogo bem claras desde o início? Pra que iludir uma pessoa e fazê-la perder seu tempo precioso atrás de um emprego que não vai ser dela? Revoltante!

quarta-feira, 29 de junho de 2011 - por Thiago

Rede social é o que há de mais legal!

E é tão legal que até rima, perceberam?


Agora resolvemos que o blog não pode ficar parado enquanto o mundo gira nessa velocidade absurda da internet. A integração com as mídias sociais é inevitável, então nada mais justo que acompanharmos essa onda para oferecer a você, leitor querido, uma experiência cada vez mais enriquecida.

Faz tempo que utilizamos o Google Friend Connect que fica aí no menu ao lado, só precisando clicar em "Seguir". Com ele, você pode ficar a par das novidades do blog automaticamente pelo seu Google Reader ou Google Buzz. Como se não parasse por aí, agora temos o botão Google +1 no final de cada post para você recomendar para os amigos os posts que você achar interessante. Quem tem Google como amigo, está bem servido, não acham?

Logo após temos nosso grande e famigerado amigo Facebook, ou Feice, para os mais íntimos. Criamos a nossa página oficial do blog no Facebook para você acompanhar um resumo de todas as nossas atividades, e de quebra entrar em contato com gente que acompanha o blog também. Para participar dela, basta clicar em "Curtir" (ou "Like"... ou "J'aime"...) aí no menu ao lado, ou então diretamente na página. Com a benção de Mr. Zuckerberg, vamos longe.

Sem perder o ritmo, acabamos de ativar de maneira definitiva nossa conta oficial no Twitter, e Mirianzinha estará se encarregando da maioria das atualizações por lá. Você pode acompanhar tudo pela seção que acabamos de criar aqui ao lado, ou então no seguir diretamente pelo Twitter, recebendo em primeira mão todas as nossas novidades de maneira rápida e sem enrolação (porque em 140 caracteres, não dá pra enrolar muito né?).

E por fim, mas não menos importante, temos a nossa galeria de fotos no Flickr, e sempre que lembro coloco fotos novas por lá, para vocês acompanharem em imagens como é o dia-a-dia aqui em Montreal, Quebec, Canadá e por aí vai... As fotos são todas tiradas com iPhone para encaixarem bem no layout que eu montei aqui na barra lateral. Confiram lá para o ver o sucesso que estão todas elas!!

E por enquanto é só! Aparecendo mais oportunidades de dominar o mundo compartilhar conteúdo com todos, estaremos lá prontos para o trabalho. Para o alto e avante!

quarta-feira, 22 de junho de 2011 - por Thiago

Trip pra Europa - Amsterdã

Não esqueci, gente! Calma! Passamos por Bruxelas, Luxemburgo, Paris e Bruges. Agora falta nossa última parada. Não é porque é a última que eu considere a menos importante, muito pelo contrário. Amsterdã foi a cidade que mais me impressionou, culturalmente falando.

Chegamos bem cedo na Centraal Station e a primeira coisa que me surpreendeu foi o FRIO hehe. Pegamos calor em todas as outras cidades, mas o tempo estava meio fechado na Holando, o que me fez correr para a primeira loja de souvernirs para comprar um moletom, porque o imbecil aqui fez questão de não levar nessa trip, mas mesmo com o tempo fresco o passeio foi muito agradável. Amsterdã é uma cidade muito antiga (sério? noooossaaaa... que novidaaaadeeeee...) mas ao contrário das outras cidades que visitamos, ela não tem aquele ar medieval cheio de casas de pedra e castelos que estamos acostumados. Até onde entendi o povo holandês sempre foi muito cabeça, mas também muito simples, e isso pode ser percebido ainda hoje nos hábitos da população.


Não é distorção do vídeo, tá?


E que hábitos são esses? Incrivelmente, o espaço para a circulação de carros é mínimo, pois TUDO é dominado pelas bicicletas em primeiro lugar e depouis pelos bondinhos que passam de vez em quando. O espaço que sobrar, ainda é usado pelos pedestres, e eu tenho que confessar aqui que foi bem difícil entender onde acabava a calçada e começava a rua... mas enfim... acabei compreendendo que isso importa pouco, pois todos se respeitam e não vi nenhuma trombada nos dois dias que estive por lá.

Amsterdã foi toda construída entre canais artificiais, e isso te dá uma bela impressão de estar sempre andando pela mesma rua, tal é a homogeneidade do visual das ruas da cidade. Imagina o esquema casinhas tortas (algumas bem tortas mesmo), canais, pontes, bicicletas, ruazinhas, canais, bicicletas, casinhas tortas, ruazinhas, canais... é isso mesmo, o negócio não tem fim. Mas isso não quer dizer que a cidade deixa de ser bonita. MUITO PELO CONTRÁRIO! A sensação que a gente tem na cidade é que todo mundo é tranquilo e sem pressa de ver a vida passar. Jovens, executivos, velhinhos e crianças todos despreocupados com suas bicicletas para cima e para baixo.

Visitamos o Vondel Park, a DAM Square, o Museumplein, o mercado das flores, a casa da Anne Frank, que hoje em dia se tornou um museu, e posso dizer que fiquei bem emocionado de estar onde ela esteve. Passamos em frente aos museus do Van Gogh e do Rembrandt, mas nesses não entramos, afinal a gente tem que deixar alguma coisa para a próxima vez que formos pra lá né? Mesmo assim, em dois dias andando pela cidade, chegamos a uma estimativa de 80% das ruas percorridas. No final do passeio, ainda passamos pelo distrito da luz vermelha, que é onde as prostitutas da cidade se exibem como produtos nas vitrines das casas. Impressionou mais que os saquinhos de maconha que a gente pode comprar no mercado de flores, junto das tulipas :)


Gastar em Euro deixa a gente um pouco triste.


Não fosse o fato de que é preciso falar holandês naquele lugar, eu teria ficado muito interessado em avaliar alternativas para uma eventual mudança para lá, mas deixa pra lá... Montreal me deixa bem feliz (ainda mais no verão!!)

Espero que tenham gostado da nossa trip, e tenha a certeza que Mirian e eu gostamos ainda mais que vocês!

Salut!

quarta-feira, 15 de junho de 2011 - por Thiago

Trip pra Europa - Bruges / Oostende

Ainda lembram dos capítulos anteriores? Bruxelas, Luxemburgo e Paris? Vou retomar o raciocínio então.

Desde que decidimos estabelecer nosso quartel general na Bélgica, ficamos muito indecisos sobre para onde ir, já que a quantidade de cidades bonitas neste país é realmente grande. Antuérpia, Ghent, Namur, Dinant e tantas outras passaram pelos nossos planos, mas como tínhamos que decidir por uma, optamos pela mais cuti-cuti de todas: Bruges!

E as expectativas foram atendidas de maneira plena. Existem algumas cidades do mundo que se parecem com casinhas de boneca, e depois de ter estados em Ville de Québec, chego a conclusão que Bruges faz parte deste rol de lugarezinhos onde você acha que a vida não passa, mas simplesmente passeia. Antiquérrima, cheia de canais (o que lhe rende o adjetivo de "A Veneza da Bélgica") navegáveis, castelinhos, igrejas, jardins, flores e patinhos nas lagoas. Vocês conseguiram pegar o espírito da coisa né?

Passeamos bastante pela cidade, fizemos pique-nique bem simpático e no final da tarde decidimos que se manter nos planos é bom, mas tem limite. O dia estava lindo e uma praia seria algo muito bem vindo a esta altura do campeonato. Então porque não pegar o trem (já que a passagem tava incluída no preço) e irmos até o litoral da Bélgica só para dar uma olhada na praia? É isso gente, a gente foi.

E não posso dizer de maneira nenhuma que nos arrependemos, MUITO pelo contrário! A cidade litorânea de Oostende é pequena e bem arrumada, e embora a água estivesse fria, muitos corajosos estavam dandos seus mergulhinhos na água. Até o Thiaguinho aqui se aventurou a molhar as canelas na água gelada. Mas já que estamos na selva, a gente abraça o leão né?

Eu não tenho a menor idéia de como se fala holandês.


Voltamos para Bruxelas no final do dia bem cansados, mas com a certeza do dever cumprido. Eita vida arretada, essa de viajante!

Última parada: Amsterdã!

terça-feira, 14 de junho de 2011 - por Thiago

Encontro de blogueiros é um perigo

(Pausa rápida dos relatos da Europa: 1, 2, 3 e já!)

Não tem jeito: a internet mudou com a nossa vida mesmo, e você, que me conhece somente de ler essa coisarada que eu escrevo ou de ver meus vídeos e minhas fotos por aí, sabe muito bem do que eu estou falando. Outra coisa que não tem jeito é não perceber a quantidade de brazucas que vem chegando aqui em Montreal nestes tempos, todos buscando uma vida mais bonita, cheirosa e divertida nas terras pouco temperadas do Québec. Tendências são coisas praticamente inevitáveis.

E juntando essas duas tendências nós chegamos ao encontro da semana passada, onde este que vos agracia com palavras singelas encontrou o dono de um dos blogs mais bem arrumados do mundo! Igor Correa, o OUIgor! A gente se conhecia somente de bates-papos virtuais, mas agora que tamo todo mundo por aqui por que não aproveitar a semana da Formula 1 em Montreal para colocar o papo em dia? Foi isso exatamente que fizemos, ora pois, e regado a muita garlic potato no Boustan :)

Para, pausa e olha a comida.


Durante a semana da Formula 1, a rua Crescent no centro de Montreal fica cheia, como vocês puderam ver aí em cima. Mas a festa é tanta que não dá pra se limitar a uma rua só. Alguns quarteirões dali, na rua Peel, tava rolando um encontro de carros de luxo, e nós fomos dar uma conferida, é claro!

Cada vez é um absurdo diferente.


Importantíssimo notar, que a Bugatti Veyron que aparece no vídeo é o carro mais caro do mundo, avaliado em 1.9 MILHÕES de dólares! Nem preciso dizer que a boca ficou aberta né? Nem no salão do automóvel tinha um carro desses pra gente ver.

E vocês acham que acabou? Que nada! O verão está só começando e teremos muito mais encontros, farras, bate-papos e risadas por aí. Aguardem.

(fim da pausa rápida)

domingo, 12 de junho de 2011 - por Thiago

Trip pra Europa - Paris

Galera, depois de termos Bruxelas e Luxemburgo devidamente apresentadas, segue o relato da Mirianzinha sobre Paris, escrito in loco hein? Coisa muito chique.



Pode ser que aqui seja... sei lá... a China!


Sácré-Coeur - Subimos à igreja carregando os patins só pra cansar um pouquinho mais. A rua de acesso mais popular estava lotada. Tinha uns caras fazendo turistas apostarem (assim deduzi) num joguinho que não sabíamos o que era. Tinha muita gente vendendo coisinhas, várias pessoas se fazendo de estátua pra ganhar dinheiro e também vários mendigos. Muita gente e muita pobreza. Entramos e andamos rapidamente na igreja pois estava tendo missa. Tiramos uma foto do domo que tinha uma pintura linda, mas o cara mandou apagar pois não podia tirar foto lá dentro, sabe-se lá porque! A igreja é bonita por fora, diferente das outras, realmente lembra uma mesquita, a pintura no domo é linda. A vista lá de cima nos deu uma boa idéia de que a cidade é meio sem cor e tem pouquíssimas áreas verdes.

Rollers et Coquillages - Fomos no "rolê" de 23 km de patins com mais ou menos 5 mil pessoas! Super organizado, acompanhado pela polícia e ambulância. A rua era completamente fechada antes de passarmos. Não era muito difícil, mas tinha umas decidinhas, subidinhas e paralelepípedo! Fiquei muito cansada e grudada no Thiago, como sempre, a dor de cabeça também não ajudou, mas mesmo assim achei um jeito muito legal de ver a cidade. Claro que o Thiago simplesmente adorou o passeio e queria voltar toda semana, segundo ele, Paris é a " Meca da patinação" e ninguém o avisou! Detalhe: poderíamos ter alugado patins lá mesmo... Durmi como um anjinho de tão exausta!


Paris é a meca da patinação.


Louvre - €10 - chegamos bem cedo, não pegamos muita fila. Demoramos para nos localizar lá dentro porque os mapas não estavam completamente corretos segundo o Thiago, porque eu já nem tentei entendê-los. Gostei das pinturas, principalmente das telas bem grandes e das pinturas no teto. Os cômodos de Napoleão também foram muito impressionantes. Tinha muitos quadros de mulheres de peitos de fora e muitas com bebês, rsrsrsrsrs. A parte do Egito não era tão legal como esperávamos. O Thiago preferiu as esculturas. O museu é imenso, mesmo com algumas partes fechadas. Também vimos uns pintores copiando umas obras. Eles eram bem bons! Com certeza eu voltaria lá pra passar mais tempo. O prédio e as obras valem muito a pena.

Sainte-Chapelle - Não deu pra ver quase nada, nem por fora. Ela fica dentro dos muros de um outro prédio, parece ser junto com o Palais de Justice, achei isso meio esquisito.

Notre-Dame - Vimos por dentro mas não subimos na torre. Ela é extremamente alta e bonita, mas não tão cheia de coisas como muitas outras que vimos. Os vitrais são bem bonitos, mas o mais impressionante é o lado de fora, com muitos detalhes. Do rio se tem a vista mais bonita, que é do lado da igreja. Me deu vontade de ler e de assistir "O corcunda de Notre-Dame".

Panthéon - Só vimos de fora, é bonito, mas simples.

Arc de Triomphe - Vimos apenas por fora porque, mesmo se quiséssemos, não daria pra subir pois eles estavam em greve. Um velhinho de bigode engraçado me deu bronca por estar deitada com os pés descalços apoiados na parede do arco. Ele exigiu "mais respeito com os soldados" e disse que todo mundo ia ter que sair dali dentro de uns 10 minutos, ele estava bem bravo! Acho que ia ter alguma celebração porque vimos um pessoal em fardas, militares, marinheiros etc. Como diz a Natalie Tran, nós gostamos de Paris, mas ela não gosta da gente! Uma coisa impressionante é que a rotatória em volta da praça do arco não tem sinalização nenhuma! Os pedestres passam por um túnel, mas é uma confusão pros carros entrarem na rua certa!

Tour Eiffel - €4,70 - Como eu estava muito cansada, ficamos num banquinho, depois fomos ao Trocadéro tirar fotos da torre, quando resolvemos subir, só a subida de elevador ainda estava funcionando então ficamos esperando escurecer pra vê-la iluminada. Valeu a pena pois teve um momento em que as luzes dela começaram a piscar e isso durou uns bons minutos. Foi muito lindo! Lá também tinha muita gente vendendo torrezinhas sem cansar de oferecer. Uma praga! No dia seguinte fomos subir a torre pela manhã. A maioria das pessoas sobe de elevador, então não tinha muita fila. Foi cansativo, mas sossegado. A vista é bonita, mas não se vê muita diferença entre o primeiro e o segundo andar, creio que pelo relevo da cidade.


Vamos ver a Monalisa... depois a Monalisa...


Hôtel des Invalides (musée de l'armé) - Só vimos pelo lado de fora, até porque já estava fechado. Vimos os jardins com as arvorezinhas baixinhas, um portão daqueles que tem uma pontezinha pra passar por cima de um buraco e o domo dourado, depois me dei conta de que vimos o lado, não a frente!

Statue de la Liberté - Andamos pra caramba só pra vê-la de costas e descobrir que ela é bem menor do que a que está em NYC. Lemos que ela foi um presente dos EUA à França pra retribuir pelo original.

Musée d'Orsay - infelizmente vimos só por fora! Fiquei chateada com o desencontro de informações. Uma pessoa confirmou que poderíamos pagar mais barato à partir das 16:15, mas que tínhamos que esperar até lá pra comprar o ingresso. Li na máquina que tinha desconto pra "menores" de 31 anos, fui conferir e a pessoa disse que só até 25 e além disso que a outra promoção era só à partir das 16:30. Azedei! Só ia ter uma hora pra ver tudo e tinha muita gente! Pelo menos me deixaram usar o banheiro. Desistimos e fomos ver as esculturas das mulheres representando os continentes do lado de fora. O prédio também é bonito, uma antiga estação de trem.

Centre Georges Pompidou - Só vimos por fora o prédio colorido, cheio de canos e que parece que está sempre com uns andaimes. O bairro perto dele é bonito e, pelo jeito, mais freqüentado por locais do que por turistas.

O hotel em que ficamos foi ótimo (Holiday Inn, metrô Riquet), bem bonitinho, bairro legalzinho, café da manhã delicioso!

Acho que ficar pouco tempo querendo fazer top 10 exige muito e não contribui pra gostar do lugar, mas foi mais ou menos como eu esperava.

Paris precisa urgentemente de mais parques com gramados bons e limpos. Os poucos gramados que vimos estavam fechados, ou meio "machucados" e cheios de bitucas de cigarro (eles fumam demais), tinha muitas áreas com terra/areia em vez de grama, fala sério! Como é que vou descansar dessa caminhada toda?

Também não tem banheiros o suficiente, nem mesmo pagos, como na Bélgica. Passamos por apuros nesse aspecto.

Achei engraçado que na maioria dos restaurantes, bares e cafés as cadeiras são de frente pra rua. Tinha gente sentada em dois olhando pra rua em vez de olhar pro amigo!

Outra coisa é que deveríamos ter pensado melhor a questão da alimentação já que não queríamos gastar com gorjeta. Fomos em padarias e mercados, mas não tinha geladeira no hotel! Além de ter sido meio difícil encontrar lugares legais pra sentar e fazer nosso pique-nique.

O metrô é imenso e funciona bem, mas é cheio de gente de tudo quanto é tipo, bem cansativo, como em NYC, mas por isso eu já esperava.

Gostei, mas não tanto quanto as pessoas falaram. Acho que estou começando a preferir cidades menores.



Vai achando que Dona Mirian é brincadeira! Este é o relato mais detalhado de Paris desde a última invasão napoleônica!

Próxima parada? Bruges e Oostende!

quinta-feira, 9 de junho de 2011 - por Thiago

Trip pra Europa - Luxemburgo

Saímos cedinho de Bruxelas (que vocês já conhecem) rumo à Cidade de Luxemburgo de trem. Luxemburgo é um país ridículamente pequeno, e para vocês terem uma idéia do que eu estou falando, o território todo deste Grão-Ducado é um pouco MENOS do dobro do tamanho da cidade de São Paulo. Grandão, né? A parte legal disto é que a beleza do país (ou pelo menos da capital, a Cidade de Luxemburgo) é inversamente proporcional ao seu tamanho. Eita paisinho bem arrumado, esse! Além de bonito, ele é muito antigo. Estivemos em construções que datam de 968 DC, o que quer dizer que há mais de mil anos essa cidade já tinha começado a despontar para o mundo. E é lógico que quando vamos a lugares muito antigos nos deparamos com ruínas. A Cidade de Luxemburgo possui uma antiga fortaleza imensa para ser explorada a partir do seu interior, e pode se preparar para andar mais de uma hora pelas galerias medievais da muralha. É bem bonitão e interessante.

A cidade velha é um chuchuzinho também, e eu tive a nítida impressão que todo mundo é feliz e anda saltitando pelas ruas de tão contente, tal o nível de bem-estar percebido (e isso deve ter alguma a coisa a ver com o fato do PIB da renda per capita de Luxemburgo ser a maior do mundo!). As praças da cidade, a residência do Grão-Duque, os prédios públicos e as igrejas são todas notoriamente bem cuidadas e gostosas de se passar um tempão olhando pra elas.

Depois de tantas belezas, conhecemos a última (mas não menos importante) delas: os jardins da cidade. Basicamente, a cidade de Luxemburgo é divida entre a parte alta e a parte baixa (calma galera, eu não fui pra Salvador desta vez...) e a divisão entre elas é um muro absurdamente grandalhão, que deve estar lá há muito tempo também. No final deste muro, na parte de baixo, temos um jardim todo arrumado pro pessoal passar o tempo, fazer um jogging, levar o cachorro pra passear ou mesmo deitar e dormir na grama fofa. Uma simpatia de encher os olhos.

O Duque é o cara!


- Mas Thiaguinho, porque você tá puxando tanto o saco deste pedacinho de terra?

Fácil responder essa! Antes de mais nada, o país é bonitinho mesmo, e depois disso eu fiquei sabendo que os caras são uns dos poucos na Europa (se não o único) que aceita imigrantes! Vai que um dia... sei lá... a coisa aperta e a gente precisa correr pra outro canto? Nunca se sabe né? Lux pode ser a solução :)

Próxima parada: Paris!

quarta-feira, 8 de junho de 2011 - por Thiago

Trip pra Europa - Bruxelas

Antes tarde do que mais tarde ainda, mas só agora consegui terminar de editar os vídeos, então bora pra nossa aventura pela Europa que rolou mês passado, e que rendeu muito.



Porque a gente aqui é fluente!


Chegamos no velho continente pela Bélgica, que é o país onde nossa anfitriã Natalia mora e onde montaríamos o nosso quartel general. Foi a primeira vez que atravessei tantos fusos horários assim, e a sensação para um iniciante como eu foi das mais doidas possíveis. Mas quem disse que isso seria impedimento para aventuras logo nas primeiras horas de viagem? Nosso co-anfitrião Jon Oster nos levou para um passeio de bicicleta pelos bosques que rodeiam a capital, Bruxelas, e isso nos deu mais 33km de pedaladas no nosso currículo de esportistas. Difícil? Imagina! Mas o parque que nos esperava no final do trajeto fez tudo valer a pena.


Tô aproveitando pra entrar no shape do verão...


Bruxelas é uma cidade pequena com ares de cidade grande (Montreal? alguém?) e isso foi um aspecto bem positivo, pois conseguimos cobrir boa parte da cidade nos 6 dias que passamos lá e podemos conhecer praticamente todas as atrações disponíveis. A cidade é toda muito medieval (a mais medieval que estivemos), com seu ápice na Grand Place, que rendeu tantas, mas tantas fotos, que depois ficou difícil decidir com quais delas ficar (o que nos fez ficarmos com todas! hehe).


Não sei quanto tempo faz, mas faz bastante tempo.


Os chocolates são um assunto (e também uma poesia) à parte, mas acho que Mirian estaria muito mais preparada para um laudo técnico sobre o assunto. Só posso dizer que o negócio é realmente gostoso, e não importa muito se você compra o mais caro ou o do mercado da esquina. Todos são extremamente superiores em sabor e textura do que esses que a gente encontra aqui na América. Outro ponto muito válido a se destacar são as gauffres, que me surpreenderam na qualidade. Eu não sou um pessoa muito dada aos doces, mas tenho que confessar que me deu vontade de comer umas três de uma vez só, tal era o sabor do quitute. Me contive, não fiquem preocupados.

Bruxelas é também uma cidade com muitos parques e natureza para se contemplar, e junte isso aos diversos monumentos históricos, você termina com uma cidade deliciosa e cheia de vida (pelo menos no verão) para se aproveitar e passar o tempo. A grande maioria dos amigos que tenho que estiveram passeando na Europa simplesmente pularam a Bélgica, e eu não posso sentir mais pena por eles do que a que estou sentindo agora, porque realmente perderam muito da viagem.


1880?


Próximo capítulo? Luxemburgo!

domingo, 22 de maio de 2011 - por Thiago

3 anos

Ano passado eu não fiz por conta da correria da mudança, mas há dois anos atrás eu fiz meu post comemorativo, e esse ano vai rolar fazer novamente, inclusive com a mesma foto do outro post, que acho que vai virar (se já não virou) uma foto-tradição.

Sinceramente, eu não sei muito o que escrever para vocês sobre meu aniversário de 3 anos como imigrante no Canadá, a não ser agradecer as bençãos de Deus de todos os dias desde que cheguei por aqui. Talvez a minha cabeça funcione muito diferente de todo mundo (ou talvez não) mas eu não tenho mais muitas memórias de minha vida vivendo no Brasil para ainda estabelecer muitas linhas comparativas entre as duas realidades. A única coisa que ainda consigo estabelecer claramente é a enorme vantagem de ter escolhido me mudar para cá com Mirianzinha, pois fora a saudade da família, todo o resto foi lucro, e pra mim, até contando o inverno.

Espero que as notícias continuem boas pelos próximos anos, para que eu continue com coragem para postar eventos, viagens e novidades daqui do Quebec para vocês. Acredito que realmente seja tendência a freqüência dos posts diminuir com o tempo, pois as novidades vão se tornando cada vez menos novidades, mas sempre existe alguma coisinha interessantes pra contar (sem que isso se torne um saco para os leitores...)

Vou ficando por aqui na certeza que este blog continua cumprindo sua função, ou melhor, funções:
  1. Informar a família e os amigos (de verdade) do Brasil como anda a nossa vida por aqui e;
  2. Ajudar àqueles interessados a mudar de vida também com informações sobre o Quebec e o estilo de vida levado por aqui (ou pelo menos, por mim).
Um abraço a todos!

terça-feira, 26 de abril de 2011 - por Thiago

Soro caseiro

Eu vou encurtar essa história porque senão vou perder mais uma noite de sono - Peguei uma PATCHA virose de ontem para hoje e vocês já devem imaginar a minha situação né? Isso mesmo... virei rei aqui em casa. O danado do revertério me tirou toda a noite passada de sono, e hoje passei o dia de molho, parecendo um zumbi, pronto para devorar o cérebro de alguém. O problema é que nesse meio tempo eu melhorei consideravelmente, o que me fez ir para cama às 8 da noite hoje para tentar aplacar o sono devedor, e agora BAM! Estou aqui, sem sono NENHUM, blogando na madrugada. Faz parte né gente? Vamos tocar a bola pra frente.

Pelo menos o assunto do post é relacionado ao meu já público piriri. Sempre que algo parecido com isso me acontecia lá na minha já longínqua infância no Brasil, minha mamãezinha me preparava o famoso soro caseiro, que era um negócio bem ruim (pelo menos na minha memória, eu achava péssimo) mas pelo menos mantinha a gente vivo durante a disfunção. O processo era simples e prático: um copo de água, duas medidas grandes de açúcar e uma medida pequena de sal. O editor deste blog acha a solução tão importante que até disponibiliza para a comunidade carente as famosas colherzinhas de medida.

Se precisar de uma dessas, ligue djá!
Qual não foi a minha surpresa quando minha enfermeira particular acessou o site do Passeport Santé, que é um guia de primeiros socorros para o público do Quebec, e me mostrou um soro caseiro alternativo, que aqui se chama solution de réhydratation: Suco de laranja, água e sal, seguindo o princípio da imagem aí do lado.

Agora tá bom. PAROU O MUNDO! Como é que os caras aqui acabam com toda a nossa experiência infantil reescrevendo verdades que até então estavam cravadas em pedra dentro de nossas mentes? (ou em outras palavras, "que loucura é essa?")

Calma gente, não é tão de outro mundo assim. Cada sociedade tem a sua realidade e o trato público de doenças não fica de fora da regra. Tanto um soro como outro estão perfeitamente conforme as normas mundiais de saúde, mas aqui no Quebec assume-se um maior acesso a ítens como suco de laranja pelas camadas mais humildes da população. Cada um caça com o gato que tem né? E inclusive, fazendo uma pesquisa rápida no Google, também encontrei referências para o suco de laranja em sites brasileiros. Não estamos tão estranhos assim.

Já deu né? Bora tentar dormir porque amanhã tem que acordar cedo.

terça-feira, 29 de março de 2011 - por Thiago

Aprenda francês com o Capitão Nascimento

Um dos maiores desafio dos candidatos à imigração para o Québec é o famigerado idioma francês. O problema nem é a sua complexidade (do idioma, na a sua ok?), mesmo porque o francês, sendo uma língua latina acaba se tornando muito mais próxima do português em estrutura do que o inglês. A questão principal é o contato (ou falta deste) que temos com a língua de Mollière estando no Brasil. Nossas pais foram muito mais sortudos neste sentido, de uma forma geral.

Um dos meus primeiros posts aqui no blog (e também um dos mais acessados) é sobre o curso de francês online que eu fazia enquanto estava no Brasil. Agora encontrei um vídeo que tenho certeza que vai fazer ainda mais sucesso, se liga só:



Abjour?


Não é preciso nem dizer que é a galera que mandou bem mais uma vez né? Essa comunidade, além de ser a maior e mais unida comunidade brasileira de Montreal, está mostrando que não somente um monte de rostinhos bonitos. Os caras estão produzindo conteúdo de qualidade, pra Caveira nenhum botar defeito!

E eu vou falar uma coisa pra vocês: aqueles que me conhecem bem, sabem que se um dia eu for ensinar francês pra alguém, vai ser mais ou menos na mesma pegada do Captaine Naissance! HUahuahuahua

Salut!

quarta-feira, 9 de março de 2011 - por Thiago

Saindo de férias? Venha para Montreal!

Eu nunca tinha morado em uma cidade nominalmente turística, logo, não sabia como era conviver com esse ritmo de eventos e coisas para fazer o ano todo que uma cidade turística oferece, visando em sua grande parte trazer mais turistas (e mais dinheiro) para a cidade.

É com esse intuito que os caras fazem vídeos promocionais da cidade, pois propaganda é a alma no negócio, e uma imagem (ou nessa caso, várias imagens em um vídeo) vale mais que mil palavras.

Neste vídeo podemos ver algumas das várias atividades que existem em Montreal, tanto no verão quanto no inverno.


Esse foi uma dica que peguei lá no blog do Igor.

E neste outro vídeo temos uma visão mais elaborada da cidade e de suas localidades turísticas.


No site do Tourisme Montréal, você pode ver esse vídeo em uma qualidade ainda melhor e com direito a seções interativas no meio da apresentação. Muito legal!

E aí? Ainda em dúvida de onde vai passar suas próximas férias? Eu não teria. Corre pra cá!

domingo, 6 de março de 2011 - por Mirian

"Parem de me ligar!!!"

Calma! Não é nada contra os amigos que de vez em quando batem um fio, mas contra as empresas que ligam pra vender produtos ou fazer pesquisas de sondagem sem serem convidadas. Uma verdadeira falta de respeito!

Se você também se irrita com isso, registre-se já nessa lista canadense de números para os quais telemerketeiros NÃO podem ligar:

LNNTE (Liste nationale de numéros de télécommunication exclus) ou DNCL (Do not call list)

Para se registrar, o telefone deve estar no seu nome ou você deve ter autorização expressa para fazê-lo. O registro é válido depois de um mês e vale por 5 anos.

Ainda assim, há exceções como algumas instituições de caridade, empresas ou organizações que te prestem serviço ou para as quais você tenha dado autorização de contato, partidos políticos, jornais oferecendo assinatura etc. Mas ainda assim, creio que o número de ligações caia bastante.

Você ainda pode pedir para a empresa que ligar incluir seu número na própria lista deles, caso eles não usem a lista pública.

Boa sorte!

sexta-feira, 4 de março de 2011 - por Thiago

Todos pelo Boustan

Se você se diz morador da cidade de Montreal, ou mesmo nasceu aqui nesta cidade bonita, e não sabe o que é ou onde fica o Restaurante Boustan, você simplesmente deveria rever seus conceitos sobre Montreal e pensar duas vezes antes de sair dizendo para todo mundo que você mora aqui. Sério. É inaceitável que você desconheça ou nunca tenha ido comer lá. #prontofalei

- Caramba Thiaguinho, que agressividade!! Eu sou recém chegado em Montreal, e seu amigo Bernardo Alvarenga disse que só pode ser considerado culpado aqueles que moram aqui há mais de 5 anos pelo menos.

Tudo bem vai! Vocês venceram. Talvez eu tenha sido agressivo demais... Vou realizar uma rápida apresentação então:

O Restaurante Boustan é uma casa de fast-food árabe localizado no centro de Montreal, mais especificamente na Rue Crescent, que é a rua dos agitos de final de semana. Os caras funcionam 24 horas por dia e [quase] todo mundo que se viu com muita fome e pouco dinheiro no centro já foi pra lá ser salvo pela comida excelente e barata que os caras oferecem. Se você chegar falando português é capaz até de ouvir um "obrigado" do dono do lugar, que diz ter muitos parentes no Brasil.

Muito bem. Depois de realizadas as devidas apresentações, gostaria de dizer que estou simplesmente desesperado com a notícia que li ontem no Montreal Mirror (cuidado! texto em inglês! se você tem medo do idioma de Shakespeare, nem clique).

Resumidamente, o restaurante mais chupeta da cidade está à venda, porque o dono do lugar, Imad Smaidi (mais conhecido como Sr. Boustan), está querendo se aposentar e seus filhos não querem continuar com o negócio, pois dizem com muita razão que não querem que a vida deles se resuma a trabalhar no mínimo 18 horas por dia para sustentar esse ícone da cultura noturna montrealense.

E agora?!?!? Quem poderá nos ajudar?!?!?

Espero que o comprador resolva continuar com o negócio, respeitando e dando continuidade ao trabalho com o mesmo nível de excelência que vem sendo feito até aqui, ou então a gente podia fazer um bolão e tentar comprar a parada a gente mesmo, mas o mesmo Bernardo Alvarenga já chutou que a brincadeira pode ficar cara, pois vai ser difícil arrumar ponto mais rentável na cidade dando sopa desse jeito.

Esperemos pelo melhor. O que vocês acham que a gente pode fazer pra salvar essa pérola libanesa?

Salut!

quarta-feira, 2 de março de 2011 - por Thiago

O último que sair fecha a porta

Imigrar é uma saga para poucos corajosos, e este vídeo mostra exatamente as ansiedades e expectativas de um monte de gente que decidiu sair do Brasil rumo ao longínquo Quebec para mudar de vida. Este vídeo existe há alguns tempo já, mas só agora o Youtube me deixou fazer um upload de vídeo mais longo que 15 minutos, e assim vocês podem ter qualidade na informação.



"Quebec, pra mim? Canadá né?"


O provérbio não é "O útlimo que sair apague a luz?". Bom... enfim...

O documentário "O último que sair fecha a porta" é uma obra da TV Cultura com apoio do bureau de imigração do Quebec, e fora a pequena parte do começo do vídeo que conta como a Janete e o Paulo se conheceram e começaram a namorar (parte essa que você pode até adiantar, pois realmente não tem nada a ver com o assunto) tem todo o resto dedicado a contar os planos de imigração, o medo e o stress absurdo que a gente sente no dia da entrevista e a preparação e as dúvidas do processo federal, só faltando mesmo a chegada e adaptação no novo país, o que no meu ponto de vista seria importante pois fala do outro lado da moeda, pois imigrar não são só flores, mas enfim, talvez o objetivo do filme não seja esse.

Outro ponto notável do documentário é conhecer pessoas (ou, nesse caso, pessoa) que fizeram o caminho inverso, largando o Quebec para trás e decidindo morar no Brasil, a experiência da Tia Soraya que já está bem estabelecida como imigrante e hoje é a diretora do escritório de imigração e também a diferença de classes sociais dos candidatos a imigrante, que vão desde a classé média paulistana até os completamente suburbanos (como foi o meu caso). Quando eu vejo a história da Jennifer, confesso que sempre choro junto com ela.

Acredito que toda essa galera que tava se borrando de medo no documentário já deva estar por aqui (Alguém pode me confirmar a informação?) e acredito que eles podem dizer melhor do que eu se realmente o filme deles teve um final feliz.

Salut!

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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011 - por Thiago

La nuit blanche 2011

- Ah Thiago, mas Montreal faz muito frio o ano todo durante o inverno o ano todo!! Eu nunca que ia querer ir para um lugar onde faz esse frio todo e eu não tenho nem como sair de casa por causa de tanta neve!! Duvido que alguém consiga ficar andando pela rua neste frio! E muito menos se divertir!! Eu não conseguiria nem raciocinar neste gelo! [...]

Bom, eu só posso dizer uma coisa para vocês, desanimados de plantão: "Seus problemas acabaram!", ou até mesmo "Seus problemas nunca existiram!". O frio existe, e isso é uma realidade que ninguém pode negar, mas Montreal é uma cidade que ao menos se esforça para entreter os seus enquanto esse período chatinho perdura, e uma das maiores provas disso é a Nuit Blanche de Montreal, que é como uma Virada Cultural de São Paulo, só que com atividades um pouco diferentes (um pouco menos de apresentações de música e dança e um pouco mais de visitas gratuitas a museus e exposições de arte na rua), e com menos graus Celsius.





Neste anos fomos em uma turma grande (viu quanta gente comigo no vídeo acima?) e saímos em busca de museus que não vamos normalmente durante o ano por serem pagos. O primeiro foi o Musée Pointe-à-Calière que é o museu de arqueologia da cidade de Montreal. Lá vimos uma exposição só sobre a história da Rue St-Catherine e ainda visitamos as ruínas embaixo do museu, pois foi a partir deste lugar que a cidade começou

Depois fomos ao Centre de sciences, e lá conseguimos ver algumas poucas coisas na parte exterior das exposições, pois a fila para acesso às partes reservadas estava muito lenta. Foi uma pena mesmo, mas pelo menos conseguimos tirar algumas fotos de artefatos diversos que vimos por lá, fora o show à parte que estava acontecendo nos banheiros do museu, pois o banheiro feminino estava muito (MUUUUUITO) cheio com uma fila imensa (IMEEEENSA) e aí a mulherada resolveu usar o banheiro dos homens também, aí a gente estava dividindo espaço com elas dentro do banheiro, mas tudo numa boa, na maior civilização. Coisa de gente doida né?

Saindo do Centro de ciências fomos para a fila da Basílique Notre-Dame de Montréal, onde estavam acontecendo visitas gratuitas à basílica, na faixa. Esperamos na fila um bom tempo para finalmente nos depararmos com um outro problema, já esperado: O FRIO. A fila estava muito grande e alguns de nós (eu incluído) começaram a sucumbir ao frio e ao cansaço à altas horas da madrugada. Resultado: desistimos da fila também e fomos passar o resto do tempo vendo exposições dentro da cidade subterrânea, que pelo menos é quentinho.

Terminamos a noite batendo papo e comendo uma boa Pita no Boustan antes de irmos para casa de metrô, que nesta noite em especial estava também funcionando a noite toda.

Vale muito a pena participar de eventos como esse, pois aí a gente se dá conta que o inverno não é o fim do mundo, e sim uma oportunidade para ver o mundo de uma outra forma. Deixa eu parar por aqui porque senão a filosofia vai longe demais.

Salut!

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