quinta-feira, 8 de julho de 2010 - por Thiago

Mamãe Bel

Ou Mamãe Bell, como ela gostou de ser chamada por aqui, tal era a quantidade de referências a ela por causa da empresa de telefonia daqui. Mas tudo isso pra dizer que a minha mãezinha veio, viu, gostou, tomou sorteve, gostou mais ainda, passeou pra caramba, tomou mais sorvete, tirou muitas fotos, gostou mais um pouquinho, tomou mais um sorvetinho, e quando fomos nos dar conta, já tinha se passado um mês e ela voltou pra casa brasileira dela, e digo isso porque SIM, agora minha mammys tem uma casinha canadense para vir sempre que quiser.

Mas o mês não foi assim também tão rápido assim. Eu, que modéstia a parte sou um guia turístico cicerone bem razoável, fiz minha mãe andar por Montreal de ponta a ponta, em cada cantinho que havia de bonito para conhecer. E não é que a danadinha tava toda animada e cansava muito depois que eu já tinha pedido pinico chegado a exaustão física? Mesmo com o Sol forte, cada ponto principal da cidade foi cuidadosamente visitado pela dona Belzinha, que não perdia a oportunidade de posar para fotos e clicar as paisagens, para registro posterior e em benefício das muitas histórias que ela vai ter para contar para todo mundo.

Para mim, pessoalmente, essa sensação de ter a mãe por perto é uma coisa que beira o indescritível. Na correria da vida, a gente acaba esquecendo um pouco da distância que a vida de um imigrante impõe a ele mesmo e seus familiares, mas quando esses encontros ocorrem, e em tão boas condições como esse, a reflexão é muito grande sobre se deveríamos ou não ficar sempre juntos. Quando a ficha cai, a gente entende que a vida é muito mais difícil que isso, e que as decisões tomadas são coisa séria, e que não podem ser desistidas assim por coisa de momento. Ainda bem que agora a porta ficou aberta para novos encontros, que se antes só ocorriam no Brasil, agora com certeza ocorrerão com mais frequência aqui pela América do Norte.

Saldo final: positivo demais. Eu não tenho palavras pra escrever a minha satisfação, e acho que mesmo que tivesse não as colocaria aqui, porque se eu ficar lembrando muito começo a chorar e aí fica aquele papelão que vocês já conhecem, mas saibam que ter a mãe da gente perto da gente é uma das sensações mais agradáveis que uma pessoa pode ter. Aproveitem de suas mamães o máximo que puderem. Por favor, sigam este meu conselho, se nenhum outro servir.

Salut!

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