sábado, 27 de fevereiro de 2010 - por Thiago

Como fazer o seu iglu?

Antes de mais nada, arrume alguns amigos disponíveis (Lineker, Keila, Thiago Spalato e Evelyn) mais um amigo bem desocupado para ter a idéia e juntar os requisitos (Dadá) para começarem a construção enquanto você chega do trabalho. Pronto? Agora vamos aos materiais necessários:
  1. Neve, mas MUITA NEVE para construir o iglu. Dê preferência para alguma praça pública onde o serviço de déneigement não passe, pois esse ingrediente é usado em abundância;
  2. Formas para tijolos, e caso você não tenha comprado o seu super kit de formas de tijolos para iglu, pode subtituir por caixas de arrumar brinquedos de algum amiguinho bem legal (Iglack);
  3. Pás especiais para remoção de gelo (nesse caso para ajuntá-los), pás de remoção de gelo de carro (para construir os blocos), e até pazinhas de lixo (para o reboque, também de gelo);
  4. Roupas especiais de neve, porque a neve insiste em querer entrar por todos os vão livres de sua roupa, te deixando gelado e com vontade de ir pra casa, mas essa NÃO É uma opção;
  5. Chocolate quente, oferecido por alguma patrocinadora caridosa (Keiko) para o bom andamento energético do projeto. Não é fácil ficar 7 horas no frio montando o iglu, e um momento de nutrição é mais do que muito importante.
Comece por montar muitos blocos de gelo e colocá-los lado a lado formando um circulo não muito grande no chão. Quando o círculo estiver pronto, comece o próximo lance de blocos de gelo, tomando o cuidado de deixá-los um poucos mais inclinados para dentro, pois de outra forma o seu iglu não vai fechar nunca.

Enquanto você monta os blocos, vários espaços vão se formar no iglu, devido a inclinação e angulação dos blocos. Neste caso é fundamental dois da equipe montarem uma frente de reboque, que nada mais é que preencher estes espaços com neve para dar liga no gelo e gerar mais pontos de contato entre os blocos, impedindo que eles comecem a cair. É muito importante que um da equipe fique dentro o tempo todo pois em um dado momento ele não mais poderá sair do iglu até que a porta seja feita. Esta é a parte mais estratégica da construção, então atente para seu sucesso.

Quando o iglu estiver com mais de um metro e meio de altura, já podemos começar a preparar a porta, que deve ser feita com muito cuidado. Comece por desenhá-la na parede a favor do vento, para que este não entre no iglu. O desenho precisa ser arredondado na parte superior, para que ele tenha sustentação do gelo ao redor. Feito o desenho comece a escavar com muito cuidado para não destruir as paredes. A escavação tem que ser feitas por camadas para que a porta vá sendo feita de maneira uniforme. Quando o outro lado for encontrado, comece a reforçar as bordas, dando força à estrutura.

Com o crescimento do iglu, é importante que não se perca de vista a inclinação cada vez maior dos blocos, sempre tomando muito cuidado em fechar todos os espaços, como previamente mencionado. A parte final é a mais difícil, pois os blocos terão que ser colocados já em posição completamente vertical, mas não se preocupe, pois se a sua estrutura inicial está forte, os blocos finais vão ficar lá, bem firmes.

Com tudo terminado, você pode até arriscar umas janelas, seguindo o mesmo princípio da contrução das portas. Você pode dar um nome para o seu iglu também se quiser, mas não vale usar "Iglu Nº 1", porque este nome já foi usado, ok?


Fácil né? Nada como sete horinhas de trabalho para deixar tudo nos trinques. Se o tempo ajudar, ele dura vários dias, e você pode até subir em cima dele (de verdade, lá no teto) e ele não vai ceder!!! ;-)

Salut!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010 - por Thiago

Capital e Hotel de Gelo

A capital do Canadá é Ottawa, mas não é dessa capital que estou falando no título do post, afinal, para quem é do Québec, a capital é Ville de Québec - la capitale nationale - e foi pra essa capital que nós fomos há uns dias atrás.

Agora vamos para de usar a palavra 'capital' e falar do passeio propriamente dito. Fomos em um dia que estava particularmente frio, o que pra mim foi uma novidade, pois da primeira vez que estive lá, o dia estava bem quente. Mirian, eu, Jerry, Isa, Daniel, Mary, Wilson, Andrea e Arthur, estes três últimos turistas brasileiros visitando o Quebec, passeamos pelos pontos mais conhecidos da cidade (como o château que vocês podem ver ao lado) e ainda apostamos uma corrida de trenó no gelo, e aqui tenho que deixar bem claro que Mirian e eu ganhamos :)


O vídeo tá tosco né? É... eu sei.

Depois de muito andar de cima a baixo na cidade, fomos almoçar e depois demos uma passada no Hotel de Gelo, no qual eu nunca havia estado antes e que fica localizado há 45 minutos da capital (olha eu usando essa palavra de novo), em uma cidadezinha que se chama St-Catherine de la Jacques Cartier. Tenho que confessar que minha impressão foi de "cadê o tal do castelo??", mas depois eu meio que entendi que o castelo existia somente na minha cabeça, pois na verdade o negócio é um hotel, no formato de um iglu gigante.

E dentro do iglu o trabalho não poderia ter sido feito de uma maneira mais genial: paredes, colunas, cadeiras, camas, mesas, copos, escadas, enfeites, bancadas, lustres, TUDO feito de água em seu estado sólido. É impressionante ver o nível de qualidade da coisa toda, e ainda assim é quase impossível imaginar passar uma noite no hotel, pois mesmo sabendo que a temperatura é controlada a -5ºC todo tempo, o frio é muito forte, pois o contato com o gelo é muito grande e muito extenso.

Resumo da ópera: visitar Quebec e o Hotel de Gelo foi uma experiência bem legal, mas que provavelmente vai ser feita só dessa vez. Prefiro enormemente a capital no verão e acho que não pagaria novamente para entrar no hotel. É o tipo de experiência que vale a pena, uma vez só.

Qual será nosso próximo destino? A seguir...

Salut!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010 - por Thiago

Glissade!

Nem só de esqui e hockey vivem os canadenses no inverno, e no último domingo lá fomos nós conhecer mais um dos passatempos locais que se aproveitam do frio para o benefício coletivo.

O lugar escolhido foi a cidade de St-Jean de Matha, que fica há uns 100km de Montreal. O lugar é conhecido por abrigar uma das maiores montanhas de glissade do Quebec, e antes que alguém levante a mãozinha para perguntar, "glissade" é o que nós conhecemos como "esquibunda" só que na versão com neve (MUUUUUITA NEVE).

Fomos Mirian, eu e outros 29 destemidos da Comunidade Adventista Luso-Brasileira de Montreal e amigos. Quando digo que todos foram destemidos, não estou exagerando - a previsão do tempo para o dia não estava animadora (-23ºC) e alguns [muitos] acabaram desistindo já de antemão. Só nos restava a todos os restantes pagar para ver no que ia dar isso tudo. Eu estava organizando o evento para a galera, e tenho que confessar que estava bem preocupado com a diversão de todos, ainda mais se tratando do meu primeiro evento em grande escala.

E não é que o dia, no final das contas, foi simplesmente G-E-N-I-A-L? A temperatura estava fria, sim, mas nem de longe o que esperávamos, e pudemos nos divertir muito descendo aquela montanhona de neve com boias simples, boias duplas, boias em forma de barco, boias em forma de circulo, boias em forma de trenzinho e mais algumas outras modalidades que escondiam em cada uma, uma surpresa diferente.

Nosso retorno estava programado para 16:30h, mas quem disse que tinha alguém querendo voltar nessa hora? Todo mundo tava querendo ficar até o parque fechar (às 19:00h) mas como o combinado não sai caro, acabamos indo para casa um pouco "atrasados", mas ainda dentro dos limites do planejamento.


Resumo da ópera: Não poderíamos ter um dia melhor e foi uma pena que acabou tão cedo. Com certeza teremos outras dose dessas no ano que vem. Quem não foi, perdeu ;-)

Salut!

ps1 - Vocêm podem ver mais fotos, vídeos e informações sobre esse dia tão legal no blog da Silvia e do Renato.
ps2 - Um salve para o Thiago Spalato que tirou as fotos que eu usei neste post!

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