Nossa primeira parada foi no Parque Forillon, que é uma grande reserva natural dentro de Gaspé. Tenho que confessar que o espanto foi muito grande quando descemos do ônibus: a paisagem neste lugar é pelo menos três níveis acima do FANTÁSTICO, com a praia (Oceano Atlântico) e um rochedo enorme (o Cap Bon-Ami) em forma de península invadindo o mar. O Sol estava dando um toque final na luminosidade da imagem, e eu tive que raciocinar uma meia dúzia de vezes até entender que eu estava realmente ali, vendo tudo aquilo com os meus próprios olhos. Tiramos muitas fotos, andamos pela costa (que é de pedra lisas, e não de areia) e aproveitamos alguns momentos únicos desse finzinho de verão onde o grande rio St. Laurent se encontra com o mar.
Ainda no Parque Forillon, visitamos o maior farol do Canadá, o Cap des Rosiers. Existem muitos faróis na região da Gaspésie, mas esse farol é o que fica mais na ponta, perto do mar, e por isso ele tinha que ser o mais imponente de todos. Eu, que nunca tinha visitado um farol nem no Brasil, fiquei bem contente de finalmente conhecer um, e tão grande assim. Tiramos várias fotos por lá e colocamos o pé na estrada, pois a próxima atração estava a duas horas de ônibus dali.
E não é que valeu muito a pena essa estrada? Já de longe o Rocher Percé já despontava como a grande atração da tarde. Ao chegarmos à cidade - Percé - almoçamos e logo pegamos o barquinho para um pequeno cruzeiro ao redor desta rocha fenomenal que se ergue imponentemente no meio do mar. E o toque final da coisa toda é ainda o grande buraco que ela possui, quase geometricamente redondo. Não existem muitas formas de se expressar a sensação de ver com os próprios olhos isso tudo. Foi muito para este coraçãozinho aqui.
Ainda no barco fizemos um tour pela Île Bonaventure, onde pude ver, além de muitas focas nadando descompromissadas pra cá e pra lá, a maior concentração de gaivotas que eu poderia imaginar na minha vida. Vocês não estão entendendo o que eu quero dizer com isso. São muuuuuuuitas gaivotas mesmo, tanto voando quando sentadas pelas encostas da ilha. De longe, parecia até que o rochedo tinha manchas brancas, que na verdade eram as milhares e milhares de gaivotas se reunindo para jogar conversa fora enquanto cuidam de seus filhotes. Desembarcamos na ilha e fizemos uma trilha de meia-hora que nos levou até o ponto mais alto do lugar, onde vimos aquela gaivotada toda reunida, ali a menos de um metro de distância da gente.
Dia acabando, voltamos para o continente e pegamos nosso ônibus rumo a New Brunswick para passar a noite. O dia foi movimentado e uma caminha era tudo que a gente precisa antes de encarar o último dia.
(continua...)
Salut!