Menos eu.
Na verdade, hoje eu fui esquiar no Jay Peak, em Vermont, nos Estados Unidos. A trupe foi formada por Silvio Kruger, Alexandre Schamass, Uly Thomas e este nobre editor. Saímos de Brossard, lar da família Kruger, às 6:30 da
A fronteira foi uma das partes mais emocionantes da excursão. Normalmente, os oficiais da fronteira americana simplesmente entram nos ônibus desse tipo de excursão, validam os passaportes de todo mundo e tudo certo, mas dessa vez ficaram sabendo que haviam três brasileiros entre os viajantes. Foi o suficiente pra fazer todo mundo descer e passar pela guarita. Resultado, por NOSSA CULPA, pois somos brasileiros sujos e mal-educados, toda a excurção teve um atraso extra de mais ou menos uma hora. E para dar ainda mais emoção na coisa toda, nosso companheiro Alexandre quase foi barrado, fazendo o papel de "Terrorista do Dia". Beleza né? Também achei.
Depois desse lenga-lenga todo, chegamos enfim ao monte. Ele é beeeeeeeem maior do que o Mont Saint-Bruno, que estou acostumado, e esse beeeeeeeeem é por volta de 5 vezes maior, então não estou exagerando, né? As condições de tempo estavam muito boas, entre -1ºC e -5ºC, e a tempestade de neve da última semana deixou bastante neve no norte dos Estados Unidos (aqui no Canadá também, mas a gente ficou mais com o frio do que com a neve), o que formou um tapete branco na montanha.
As primeiras descidas foram exatamente pefeitas. Também pudera, foram todas níveis iniciante. O barato delas é que são longas e você não fica tanto tempo subindo nas cadeirinhas para descer em menos de 2 minutos. Aproveita-se mais o dia. Mas como nada nessa vida é perfeito, subimos para o alto da montanha, para descer as pistas de maior nível de dificuldade. Pra quê. Lá em cima o frio é tão grande que 1) você não vê nada lá embaixo porque as nuvens (onde você está) te impedem de apreciar a vista 2) a paisagem muda de tal forma que você torce pra conseguir tirar a mão da luva para pegar pelo menos uma fotinho daquela natureza totalmente congelada. Pela foto ao lado deu pra perceber que pelo menos o Silvio conseguiu bravamente pegar uma imagem da gente (e eu não estou fazendo pose não. Estava me contorcendo de frio mesmo). Logo nessa descida tomei o único mas homérico capote do dia. O maior problema de todos é não conseguir saber pra você se está indo naquela branquidão toda.
Pra encurtar a historia, mesmo depois do tombo ainda subi mais uma vez e ainda mais alto na montanha, sempre me arrependendo de ter tomado essa decisão, mas faz parte né? Se fosse pra ficar no baixinho, eu ficava em casa mesmo.
A volta tinha tudo pra ser tranquila, mas o agentes da fronteira canadense descobriram que os
A volta depois disso foi dentro da normalidade e chegamos mais cedo que o previsto. Espero poder fazer mais dessas viagens, mas nunca esquecendo que não o tipo de passeio que dá pra fazer toda semana. A fronteira também faz a gente pensar duas vezes antes de sair, mas esquiar e ir para o Estados Unidos fazem parte da vida, e ainda mais da vida canadense.
Salut!